Experiência como mercado: rastro e aura na obra de Marina Abramovi?

Autores

  • José Ricardo Goulart Universidade do Estado de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.5007/2176-8552.2017n24p127

Resumo

A arte da performance surge, como tal, no entrecruzar das décadas de 60 e 70 do século XX no âmbito de um movimento que buscava romper e transgredir o sistema artístico mercantil vigente, propondo uma arte efêmera que não pudesse ser vendida. Aproximadamente 30 anos depois, a artista sérvia Marina Abramovi? cunha o termo reperformance, prática que consiste na reapresentação daquele tipo de trabalho, seja pelo próprio autor da obra, ou por outros artistas. No entanto, tal prática vem acompanhada de regras e de um método, que devem ser observados e seguidos pelos artistas interessados em “reperformar”. Neste artigo pretendo refletir sobre as relações que emergem entre as noções de aura, elaborada pelo filósofo alemão Walter Benjamin, e reperformance, esta última pensada paralelamente a um jogo entre a presença física e a ausência do artista que criou a primeira versão da obra reapresentada. A noção benjaminiana de rastro, que remete ao ausente que é tornado presente, será usada para embasar a suposição de que Abramovi? transpôs a aura de suas obras para seu nome, para sua assinatura.

Biografia do Autor

José Ricardo Goulart, Universidade do Estado de Santa Catarina

Doutorando e mestre (2016) em Teatro pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). Possui graduação em Artes Cênicas (2013) pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). É membro do Núcleo de Estudos em Literatura, Oralidade e Outras Linguagens (NELOOL/UFSC) e do grupo de estudos Poéticas Políticas do Teatro Contemporâneo (UDESC).

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Publicado

2017-12-08

Edição

Seção

Artigos