Capacidades ecoeficientes e as interferências no desempenho social: um estudo das unidades federativas do brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-8077.2018V20n52p74

Resumo

O propósito deste estudo é contribuir com as discussões socioambientais no âmbito da gestão governamental, adentrando na relação entre ecoeficiência e desempenho social. O estudo consistiu em um perfil descritivo, com uma abordagem quantitativa cujo processo ocorreu em dois momentos: para estabelecer os scores de ecoeficiência, foi empregada a técnica não paramétrica FDH com o modelo orientado para insumos e na sequência foi utilizada a correlação linear de Pearson, buscando encontrar possível associação entre os constructos investigados. Os resultados evidenciam algumas regiões benchmarking de ecoeficiência, além de apresentar correlação linear negativa moderada, sugerindo que a desigualdade social tende a diminuir à medida que o score de ecoeficiência aumenta. Espera-se que tais resultados norteiem, quanto ao apelo prático, às políticas públicas no que tange à eficiência econômica e ambiental. Não obstante, são designadas contribuições para a comunidade científica quanto ao preenchimento da lacuna de literatura na área em questão.

 

Biografia do Autor

Janaína Gabrielle Moreira Campos da Cunha Amarante, Pontifícia Universidade Católica do Paraná _ PUC PR

Doutoranda em Administração pela PUC PR, linha de pesquisa Estratégia em Organizações, grupo de pesquisa Estratégia e Competitividade (GPEC). Mestre em Administração pela PUC PR (2016), linha de pesquisa Sustentabilidade nas organizações (GPSO). Especialista em Administração e Sustentabilidade pela Universidade Estadual do Paraná-Campus Paranaguá (2014). Bacharel em Administração com Habilitação em Gestão Portuária pela Universidade Estadual do Paraná -Campus Paranaguá (2009). Bacharel em Ciências Contábeis pela Universidade Estadual do Paraná-Campus Paranaguá (2013). Docente de cursos de Graduação presencial e EAD ( Áreas: Administração e Ciências Contábeis). Docente de cursos de pós graduação lato sensu presencial. Docente de curso de extensão de média duração - GBA. Avaliadora de Periódicos nacionais e de Congressos de expressão nacional, como o EnANPAD (maior Congresso de Administração do Brasil ) e o Congresso Internacional de Administração - ADMPG. Atuou como consultora em implementação de programas de qualidade, normatização e mapeamento de processos. Experiência profissional corporativa na área de Administração, Controladoria ( Governança Corporativa, Compliance e Riscos), Gestão Ambiental e Gestão da Qualidade (10 anos).

Referências

AGRESTI, A.; FINLAY, B. Métodos estatísticos para as Ciências Sociais: métodos de pesquisa. 4. ed. Porto Alegre: Penso, 2012.

ALCÂNTARA, V. de C; PEREIRA, J. R.; SILVA, E. A. F. Gestão Social e Governança Pública: aproximações e (de) limitações teórico-conceituais. Revista de Ciências da Administração, v. 1, n. 3, p. 11-29, 2015.

ALMEIDA, F. O Bom Negócio da Sustentabilidade. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2002.

AMARANTE, J. G. M. C. C.; TORTATO, U. Proeminências da ecoeficiência: uma revisão sistemática das produções internacionais de alto impacto. In: Revista Livre de Sustentabilidade e Empreendedorismo, v. 1, n. 3, p. 3-27, 2016.

ARRETCHE, M. Democracia e redução da desigualdade econômica no Brasil. A inclusão de outsiders. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 33, n. 96, 2018.

BAI, Y., DENG, X., JIANG, S., ZHANG, Q., WANG, Z. Exploring the relationship between urbanization and urban eco-efficiency: Evidence from prefecture-level cities in China. Journal of Cleaner Production, v.1 , p. 1487-1496, 2018.

BARBIERI, J. C. Gestão ambiental empresarial: conceitos, modelos e instrumentos. São Paulo: Saraiva, 2004.

BORGES, A.; MONTEIRO, M.; NOGUEIRA, R. Sustentabilidade: o papel da empresa socialmente responsável em uma sociedade sustentável. Rio de Janeiro, 2006.

BECK, U. Sociedade de risco: rumo a uma outra modernidade. Trad. De Sebastião Nascimento. São Paulo: Ed. 34, 2010.

BLEISCHWITZ, R. Cognitive and institutional perspectives of eco-efficiency. Ecological Economics, 46, 2003.

BOOS, T-M. Responsabilidade sócioambiental: estudo de caso do desenvolvimento regional sustentável em Santa Catarina. Monografia apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Administração. Universidade Federal do Rio Grande do Sul: Blumenau, 2007.

DARAIO, C; SIMAR, L. Advanced robust and nonparametric methods in efficiency analysis: methodology and applications, Springer Science + Business Media, Inc., New York, 2007.

DEBREU, G. The Coefficient of Resource Utilization, Econometrica, 19, 3, 273-292. 1951.

DEL RÍO, P; MORÁN, M.A.; ALBIÑANA, F.C. Analysing the determinants of environmental technology investments. A panel-data study of Spanish industrial sectors. In: Journal of Cleaner Production, v. 19, pp. 1170-1179, 2011.

DONAIRE, D. Gestão ambiental na empresa. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

FRANKLIN, R.; SPINLER, S.S.S. Shared Warehouses – Sharing Risks and Increasing Eco-efficiency. In: International Commerce Review, v. 10, n. 1, 2011.

GÓMEZ, T; GÉMAR, G; MOLINOS-SENANTE, M; SALA-GARRIDO, R; CABALLERO, R. Measuring the eco-efficiency of wastewater treatment plants under data uncertainty. Journal of environmental management, v. 226, p. 484-492, 2018.

GUO, F.; LO, K.; TONG, L. Eco-Efficiency Analysis of Industrial Systems in the Songhua River Basin: A Decomposition Model Approach. Sustainability, v. 8, n. 12, p. 1271, 2016.

HAIR Jr., J. F et al. Fundamentos de métodos de pesquisa em administração. Porto Alegre: Bookman, 2005.

HINTERBERGER, F., BAMBERGER, K., MANSTEIN, C., SCHEPELMANN, P., SCHNEIDER, F., & PSANGER-BERG, J. Eco-efficiency of Regions. Sustainable Europe Research. Institute Publishing, Wien, 2000.

HUANG, Y; LI,L; YU,Y. Does urban cluster promote the increase of urban eco-efficiency? Evidence from Chinese cities. Journal of Cleaner Production, V. 197, p. 957-971, 2018.

HUANG, J., YANG, X., CHENG, G., WANG, S., 2014. A comprehensive eco-efficiency model and dynamics of regional eco-efficiency in China. Journal of Cleaner Production. 67 (6), 228e238, 2014.

JABBOUR, C.J.C. Non-linear path ways of corporate environmental management: a survey of ISO 14001-certified companies in Brazil. In: Journal of Cleaner Production, v. 18, 2010.

JABBOUR, C.J.C.; SANTOS, F.C.A.; BARBIERI, J.C. Gestão ambiental empresarial: um levantamento da produção científica brasileira divulgada em periódicos da área de administração entre 1996 e 2005. In: Revista de Administração Contemporânea (RAC), v. 12, n. 3, 2008.

JANNUZZI, P. de M. Considerações sobre o uso, mau uso e abuso dos indicadores sociais na formulação e avaliação de políticas públicas municipais. In: Revista de Administração Pública, v. 36, n. 1, 2002.

KRAJNC, D.; GLAVIC, P. Indicators of sustainable production. In: Clean Techn Environ Policy, v. 5, n. 3, 2003.

LENZA, Pedro. Direto constitucional esquematizado. 15. ed. São Paulo: Saraiva, 2011.

LI, Z., OUYANG, X., DU, K., ZHAO, Y. Does government transparency contribute to improved eco-efficiency performance? An empirical study of 262 cities in China. Energy Policy, 110, 79-89, 2017.

LORENZETTI, D. H.; CRUZ, R. M.; RICIOLI, S. Estratégia empresarial e sustentabilidade: um modelo integrador. In: Revista da Pós-graduação: Administração, Osasco, v.2, n.3, 2008.

MARTÍNEZ ALIER, J. O ecologismo dos pobres: conflitos ambientais e linguagens de valoração. Trad. Maurício Waldman. São Paulo: Contexto, 2007.

MIRZAEI, S., BORZADARAN, G. R. M., AMINI, M., JABBARi, H. A comparative study of the Gini coefficient estimators based on the regression approach. Communications for Statistical Applications and Methods, v. 24, n. 4, p. 339-351, 2017.

MUNCK, L; OLIVEIRA, F. A. C.; BANSI, A. C. Ecoeficiência: uma análise das metodologias de mensuração e seus respectivos indicadores. In: Revista de Gestão Social e Ambiental - RGSA, São Paulo, v. 5, n. 3, p. 183-199, set./dez. 2011.

OGGIONIA, G.; RICCARDIA, R.; TONINELLIB, R. Ecoefficiency of the world cement industry: a data envelopment analysis. Energy Policy, v. 39, n. 5, 2011.

PENA, R. F. A. Coeficiente de Gini. In: Alunos Online - UOL (2017). Disponível em: <http://alunosonline.uol.com.br/geografia/coeficiente-gini.html>. Acesso em 20 jan. 2017.

PEREIRA, H. M. K.; SANTA, A. A. W. D.; ANDRADE, B. S. O conceito de ecoeficiência e o papel das políticas públicas na efetivação da gestão ambiental. In: 3º Congresso Internacional de Tecnologias para o Meio Ambiente. Bento Gonçalves, 2012.

PNUD. Explica transição dos Objetivos do Milênio aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Disponível em: https://nacoesunidas.org/pnud-explica-transicao-dos-objetivos-do-milenio-aos-objetivos-de-desenvolvimento-sustentavel/ acesso: 03/01/2018

ROSSETTI, J. P. Introdução à Economia. 20 ed. São Paulo: Atlas, 2007.

SCHALTEGGER, S., STURM, A 1990.Öologische Rationalität (German/in English: Environmental rationality). Die Unternehmung, 4, 117 – 131.

SCHMIDHEINY, S. Changing course: A global business perspective on development and the environment (Vol. 1). MIT press, 1992.

SILVA, J. A. Direito Ambiental Constitucional. São Paulo: Malheiros, 1998.

ULTSCH, A; LÖTSCH, J. A data science based standardized Gini index as a Lorenz dominance preserving measure of the inequality of distributions. PloS one, v. 12, n. 8, 2017

VAN BERKEL, R. Cleaner production and eco-efficiency. In: MARINOVA, D.; ANNANDALE, D.; PHILLIMORE, J. The International Handbook on Enviromental Technology Management. Edward Elgar, pp. 67-92, 2006.

WBCSD, World Business Council for Sustainable Development. Ecoefficiency: Creating More Value With Less impact. Geneva, Switzerland, 2000a.

WBCSD, Measuring ecoefficiency: a guide to reporting company performance. Geneva, Switzerland, 2000b.

Downloads

Publicado

2018-12-22

Como Citar

Chiodini, M., & Amarante, J. G. M. C. da C. (2018). Capacidades ecoeficientes e as interferências no desempenho social: um estudo das unidades federativas do brasil. Revista De Ciências Da Administração, 20(52), 74–94. https://doi.org/10.5007/2175-8077.2018V20n52p74

Edição

Seção

Artigos