Satisfação e motivação no trabalho: insights sobre percepção da justiça distributiva e remuneração estratégica por indivíduos da Geração Z

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-8077.2019.e34784

Resumo

A justiça organizacional é assunto contemporâneo que passou a ser observada pelas organizações em função da Geração Z. Este estudo objetiva verificar a relação existente entre  justiça distributiva,  remuneração estratégica e os fatores de satisfação e motivação de indivíduos da Geração Z no mercado de trabalho. Como metodologia optou-se pela abordagem quantitativa por intermédio de survey online enviado para 13.000 indivíduos pertencentes a essa geração, resultando em uma amostra de 1.112 pessoas. A análise dos resultados foi realizada com utilização dos softwares SPSS® e AMOS®, e das ferramentas de análise fatorial e modelagem de equações estruturais. A partir das hipóteses testadas foi possível verificar que a percepção de Justiça Distributiva e da Remuneração Estratégica influenciam na Motivação e na Satisfação de indivíduos da Geração Z no mercado de trabalho. Os achados revelam que não é o tipo de remuneração que é o mais importante, mas a percepção de ganhos. 

Biografia do Autor

Silvia Spagnol Simi dos Santos, UNOESC

Doutorando em Administração pela UNOESC e Professora na UNOESC.

Ana Maria Olivo, Unoesc

Doutoranda em Administração (UNOESC), técnica administrativa na UFFS.

David Rodrigo Petry, Unoesc

Doutorando em Administração pela UNOESC e Professor na UNOESC.

Ieda Margarete Oro, UNOESC

Doutora em Ciências Contábeis e Administração FURB. Professora do Mestrado e Doutorado em Administração da UNOESC.

Referências

ANDRADE, S. M. Percepção de Justiça distributiva no clima organizacional – um estudo sobre organizações brasileiras que buscam se destacar pela qualidade do ambiente de trabalho. Dissertação de Mestrado, Universidade de São Paulo, USP, 2010.

ASSMAR, E. M. L.; FERREIRA, M. C.; SOUTO, S. O. Justiça organizacional: uma revisão crítica da literatura. Psicologia: reflexão e crítica, v. 18, n. 3, p. 443-453, 2005.

AZEVEDO, C. E. F.; OLIVEIRA, L. G. L., ABDALLA; M. M., GONZALEZ; R. K., RIBEIRO, A. J. G.; HOLPERIN, M. M. Por que finanças? Avaliando o interesse dos estudantes de graduação em administração pela área de finanças. Revista de Administração Mackenzie, v. 13, n. 6, p. 168-196, 2012.

CERETTA, S. B.; FROEMMING, L. M. Geração Z: compreendendo os hábitos de consumo da geração emergente. Revista Eletrônica do Mestrado Profissional em Administração UNP, v. 3, n. 11, 2011.

COLQUIT, J. A. On dimensionality of organizational justice: A construct validation of measure. Journal of Applied Psicology, v. 86, n. 3, p. 368-400, 2001.

DAL VESCO, D. G.; BEUREN, I. M.; POPIK, F. Percepção de justiça na avaliação na avaliação de desempenho e satisfação do trabalho. Ref. Cont. UEM – Paraná, v. 35, n. 3, p. 121-138, setembro/dezembro, 2016.

DAWAL, S. Z.; TAHA, Z.; ISMAIL, Z. Effect of job organization on job satisfaction among shop floor employees in automotive industries in Malaysia. International Journal of Industrial Ergonomics, v. 39, p. 1-6, 2009.

EDWARD P. L. Why Is There Mandatory Retirement? Journal of Political Economy, v. 87, n. 6, p. 1261-1284, 1979.

FOLGER, R.; KONOVSKY, M. A. Effects of procedural and distributive justice on reactions to pay raise decisions. The Academy Management Journal, v. 32, p. 115-130, 1989.

GHENO, R.; BERLITZ, J. Remuneração estratégica e pacote de benefícios: um estudo de caso aplicado ao nível operacional de uma multinacional. Revista de Administração da UFSM, v. 4, n. 2, p. 268-287, 2011.

GOMIDE JUNIOR, S.; SIQUEIRA, M. M. M. Justiça no Trabalho. In: SIQUEIRA, M. M. M. (org) Medidas do Comportamento Organizacional: Ferramentas de diagnóstico e gestão. Porto Alegre, Artmed, 2008.

HAIR JR., J.F. et al. Análise Multivariada de Dados. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2005.

HAUSKNECHT, J. P., RODDA, J.; HOWARD, M. J. Targeted employee retention: Performance‐based and job‐related differences in reported reasons for staying. Human Resource Management, v. 48, n. 2, p. 269-288, 2009.

HERZBERG, F. The motivation to work. 2. ed. Nova York: John Wiley e Sons, Inc. Indjejikian, R. J. (1999). Performance evaluation and compensation research: an agency perspective. Accounting Horizons, v. 13, n. 2, p. 147–157, 1964.

JACQUES, T. C. et al.. Geração Z: peculiaridades geracionais na cidade de Itabira-MG. RPCA – Revista Pensamento Contemporâneo em Administração, v. 9, n. 3, 2015.

AHMAD, Kamran; GHOLAMI, Abdolkhalegh. Examine the relationship between organizational justice with job satisfaction and motivation and presenting some strategies to promote the sense of organizational justice in Refah bank in Kohgiluyeh and Byer-Ahmad." Advances in Environmental Biology, 2015, p. 346+. Academic OneFile, http://link.galegroup.com/apps/doc/A417570392/AONE?u=capes&sid=AONE&xid=40bfdbb9. Accessed 23 Nov. 2018.

LARKIN, I., PIERCE, L.; GINO, F.. The psychological costs of pay-for-performance: implications for the strategic compensation of employees. Strategic Management Journal, v. 33, p. 1194–1214, 2012.

LAZEAR, E. P. Pensions and Deferred Benefits as Strategic Compensation. Industrial Relations, v. 29, n. 2, p. 263-280, 1990.

LAZEAR, E. P. Intergenerational externalities. Cambridge: National Bureau of Economic Research. 40 p., 1979.

MASLOW, A. H. Motivation and personality. Nova York: Harper e Row, 1954.

MCCRINDLE, M.; WOLFINGER, E. The ABC of XYZ: understanding the global generations. Sydney: UNSW Press, 2009.

MERCHANT, K. A., VAN DER STEDE, W. A.; ZHENG, L. Disciplinary constraints on the advancement of knowledge: the case of organizational incentive systems. Accounting, Organizations and Society, v. 28, p. 251–286, 2003.

MURPHY, K. J. Executive compensation. In: Ashenfelter, O.; Card, D. (eds.), Handbook of labor economics, 3 p. 2485–2563, 1999.

NASCIMENTO, C., FRANCO, L. M. G.; CHERUBIN, A. P. M. S.. Associação entre remuneração variável e indicadores financeiros: evidências do setor elétrico. Revista Universo Contábil, v. 8, n. 1, p. 22-36, 2012.

NICHELE, J., STEFANO, S. R.; RAIFUR, L. Análise da remuneração estratégica para atrair e reter colaboradores: a visão dos pós-graduandos. Revista de Carreiras e Pessoas (ReCaPe), v. 5, n. 2, 2015.

NOVAES, M. V. A. Importância da motivação para o sucesso das equipes no contexto organizacional. Revista Eletrônica de Psicologia, v. 1, n. 1, p. 15-32, 2007.

ODELIUS, C. C.; SANTOS, A. R. Percepção de justiça organizacional de sistemas de remuneração em organizações públicas. Revista Alcance – Eletrônica, v. 15, n. 2. p. 226–242. 2008.

OYADOMARI, J. C. T. et al. Influências da Remuneração de Executivos na Congruência de Metas. Revista Contemporânea de Contabilidade, v. 1, n. 12, p. 53-74, 2009.

PALAIOLOGOS, A., PAPAZEKOS, P.; PANAYOTOPOULOU, L. Organizational justice and employee satisfaction in performance appraisal. Journal of European Industrial Training, v. 35, n. 8, p. 826-840, 2011.

PALAZOLLI, F. Percepção de Justiça nas Organizações como Antecedente dos comportamentos de cidadania organizacional. Caderno de Pesquisas em Administração, São Paulo, v. 7, p. 3, julho/setembro, 2000.

PAVLIK, E. L., SCOTT, T. W.; TIESSEN, P. Executive compensation: issues and research. Journal of Accounting Literature, v. 12, p. 131–189, 1993.

PRENDERGAST, C. The provision of incentives in firms. Journal of Economic Literature, v. 37, p. 7–63, 1999.

REGO, A. Justiça organizacional: Desenvolvimento e validação de um instrumento de medida. Psicologia, v. 14, n. 2, 2000.

REIS NETO, M. T. A remuneração variável na percepção dos empregados e suas consequências na motivação e no desempenho. Tese (Doutorado em Administração) – Centro de Pós-Graduação e Pesquisas da Faculdade de Ciências Econômicas, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2004.

SALVENDY, G. Effects of equitable and inequitable financial compensation on operator's productivity, satisfaction and motivation. The International Journal Of Production Research, v. 14, n. 2, p. 305-310, 1976.

SAMPAIO, L. R., CAMINO, C. P. S.; ROAZZI, A. Justiça distributiva: uma revisão da literatura psicossocial e desenvolvimentista. Psicol Estud, v. 14, n. 4, p. 631-640, 2009.

TADEUCCI, M. S. R. Motivação e liderança. IESDE BRASIL AS, 2009.

TAPSCOTT, D. A hora da geração digital: como os jovens que cresceram usando a internet estão mudando tudo, das empresas aos governos. Rio de Janeiro: Agir Negócios, 2010.

TRINDADE, C., CUNHA, D. O., NUNES, N. M.; SANTOS, R. R. Até aonde os benefícios influenciam a permanência do funcionário na empresa? Revista CC Adm., v. 1, n. 1, 2011.

VEIGA NETO, A. R., SOUZA, S. L. B. DE, ALMEIDA, S. T. DE, CASTRO, F. N.; BRAGA JUNIOR, S. S.. Fatores que influenciam os consumidores da Geração Z na compra de produtos eletrônicos. RACE, Revista de Administração, Contabilidade e Economia, v. 14, n. 1, 287-312, 2015.

ZAMBRANO, L. G., MERINO, J. D. G.; CASTELLANOS, A. R. Impacto de la inversión em capital humano sobre el valor empresarial. Academia, Revista latinoamericana de Adminstracíon, v. 51, p.15-26, 2012.

WOOD JR., T., PICARELLI FILHO, V. Remuneração estratégica: a nova vantagem competitiva (3a ed.). São Paulo: Editora Atlas, 2004.

Downloads

Publicado

2019-08-14

Como Citar

Spagnol Simi dos Santos, S., Olivo, A. M., Petry, D. R., & Oro, I. M. (2019). Satisfação e motivação no trabalho: insights sobre percepção da justiça distributiva e remuneração estratégica por indivíduos da Geração Z. Revista De Ciências Da Administração, 21(54), 77–94. https://doi.org/10.5007/2175-8077.2019.e34784

Edição

Seção

Artigos