Controvérsias sobre o aquecimento global e ato responsável: uma categoria bakhtiniana para ajudar a pensar questões sociocientíficas em aulas de ciências

Autores

  • Luis Gustavo D' Carlos Barbosa Universidade Federal de Minas Gerais
  • Maria Emília Caixeta Castro lima Universidade Federal de Minas Gerais
  • Andréa Horta Machado Universidade Federal de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.5007/1982-5153.2019v12n1p181

Resumo

No presente trabalho objetiva-se identificar elementos e dimensões preponderantes nos movimentos discursivos de professora e estudantes do 1º ano do ensino médio, ao fazerem juízos teóricos, agirem responsavelmente ou “tentarem escapar” de suas responsabilidades frente às controvérsias circulantes sobre o aquecimento global. Recorreu-se a elementos da filosofia moral e Teoria da Enunciação de Mikhail Bakhtin, por meio da análise de cadeias de enunciados em dois episódios recortados de uma sequência didática de dez aulas sobre o tema. Flagrou-se compreensões em ritmos e acentuações diversas, as certezas e dúvidas teóricas como não correlacionadas linearmente ao agir responsável, e o “ser apenas um na multidão” como principal álibi de escape de tal responsabilidade. Por fim, discute-se a implicação de repensar a criticidade e as tomadas de decisão como metas de aprendizagem, além de se recomendar estratégias para a ignição de atos responsáveis dos estudantes durante a abordagem de questões sociocientíficas.

Biografia do Autor

Luis Gustavo D' Carlos Barbosa, Universidade Federal de Minas Gerais

Graduado em Física (2004), especialista em Ensino de Ciências por Investigação (2007), Mestre (2010) e Doutor (2015) em Educação pela Universidade Federal de Minas Gerais. Atualmente é professor e pesquisador da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Tem experiência na área de abordagem CTS, questões sociocientíficas, natureza da ciência no ensino e linguagem no ensino de ciências. Atualmente, interessa-me também pelo ensino de ciências na educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental, bem como pelo exercício da imaginação e uso de narrativas literárias no ensino de ciências/física.

Maria Emília Caixeta Castro lima, Universidade Federal de Minas Gerais

Licenciada em Química pela Universidade Federal de Minas Gerais (1985), Mestre em Educação pela Universidade Federal de Minas Gerais (1990) e Doutora em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (2003). Atualmente é Professora Associada da Universidade Federal de Minas Gerais. Atua na Licenciatura em química, na Licenciatura do campo e no Programa de Pós-graduação. Consultora de diversas redes de ensino no campo do currículo de química e ciências, avaliação da aprendizagem e formação continuada de professores.

Andréa Horta Machado, Universidade Federal de Minas Gerais

Possui graduação em Química Licenciatura e Bacharelado pela Universidade Federal de Minas Gerais (1987- 1988), mestrado e doutorado em Educação - Metodologia de Ensino - pela Universidade Estadual de Campinas (1992 e 1999). Atualmente é Professora Associada da UFMG em exercício no Colégio Técnico. Atua na formação de professores de Química e Ciências. Autora do livro Aula de Química: discurso e conhecimento, Ed. UNIJUÍ e co-autora dos Livros: Química - Coleção Parâmetros, Editora Scipione e Química 3 volumes - Ed. Scipione.

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Publicado

2019-05-27

Edição

Seção

Artigos