Efeitos da música clássica como elemento de enriquecimento ambiental em Mus musculus em cativeiro (Rodentia: Muridae)

Autores

  • José Geraldo Pereira da Cruz Fundação Universidade Regional de Blumenau
  • Débora Delwing Dal Magro Universidade Regional de Blumenau
  • Júlia Niehues da Cruz Universidade do Extremo Sul Catarinense, Curso de Medicina

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7925.2010v23n2p191

Resumo

No ambiente selvagem, os animais são submetidos a mudanças constantes nos estímulos sensoriais. Entretanto, o ambiente de cativeiro é muito mais pobre em termos de estímulos fornecidos aos animais alojados no seu interior. Numa tentativa de remediar esta situação e promover um melhor bem estar, camundongos (Mus musculus) foram expostos a duas condições: sem estímulos auditivos e com música clássica. Em todos os experimentos foi utilizada uma bateria de testes comportamentais. Os resultados demonstram uma diminuição significativa na imobilidade no nado forçado, aumento de entradas nos braços fechados do labirinto em cruz elevado e diminuição na imobilidade no campo aberto, nos animais que haviam sido pré-expostos anteriormente a 24h de música e sugerem que a música clássica causas mudanças na atividade motora em camundongos. Este estudo leva a conclusão que o enriquecimento do ambiente causa profundos efeitos sobre o comportamento de camundongos nos testes comportamentais e a música clássica é um método relativamente simples de contribuir para o bem estar de camundongos em cativeiro, mas pode comprometer resultados de experimentos como o nado forçado.

Biografia do Autor

José Geraldo Pereira da Cruz, Fundação Universidade Regional de Blumenau

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (1979) e mestrado em Farmacologia pela Universidade Federal de Santa Catarina (1996). Atualmente é professor de Fisiologia Humana na Universidade Regional de Blumenau. Desenvolve pesquisas voltadas para área de neurociências (memória e ansiedade).

Débora Delwing Dal Magro, Universidade Regional de Blumenau

possui graduação em Farmácia e Bioquímica pela Universidade Luterana do Brasil (1998), mestrado em Ciências Biológicas (Bioquimica) pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2003) e doutorado em Ciências Biológicas (Bioquimica) pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2007). Atualmente é professor titular da Fundação Universidade Regional de Blumenau. Tem experiência na área de Bioquímica e Biofísica, atuando principalmente nos seguintes temas: erros inatos do metabolismo (hiperargininemia e hiperprolinemia), metabolismo energético, estresse oxidativo, ectonucleotidases, neurociências e comportamento.

Júlia Niehues da Cruz, Universidade do Extremo Sul Catarinense, Curso de Medicina

Atualmente é graduanda de medicina na Universidade do Extremo Sul Catarinense, desenvolvendo atividades de pesquisa na área de cardiologia e neurociências.

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Publicado

2010-04-08

Edição

Seção

Artigos