Estresse e reconhecimento de seres humanos em leitões recém desmamados.
Resumo
Este estudo visou investigar se, logo após o desmame, leitões reconhecem uma pessoa que os tratou aversivamente durante o período de lactação, e se esse tratamento agrava o estresse do desmame. Antes do desmame, 43 leitões de cinco leitegadas receberam um tratamento aversivo, relacionado com um tom de voz agressivo e ameaçador; 44 leitões de seis leitegadas foram tratados convencionalmente. Nos primeiros dois dias após o desmame uma maior freqüência de vocalizações e dos comportamentos de tentativas de fuga da baia, em pé e sentado, e uma menor freqüência de alimentação, do que no 10º dia (p<0,05) foram observados nos dois tratamentos. Os leitões tratados aversivamente apresentaram maior freqüência de tentativas de fuga, andando e interagindo com outros leitões (p<0,05). Em um teste realizado individualmente, os leitões tratados aversivamente aceitaram mais a aproximação de um experimentador desconhecido do que de um experimentador aversivo (p<0,001). Em outro teste, 61% dos leitões tratados aversivamente se aproximaram espontaneamente do experimentador desconhecido, e somente 36% do experimentador aversivo (p<0,02). Conclui-se que leitões de quatro a cinco semanas de vida podem reconhecer uma pessoa que lhes impõe um tratamento aversivo durante o período de lactação. O comportamento dos leitões no desmame indica que o mesmo é uma importante fonte de estresse e que um manejo aversivo durante a lactação exacerba esse efeito.Downloads
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Copyright (c) 2007 Maria José Hotzel, Gisele Pacheco de Souza, Luiz Carlos Pinheiro Machado Filho, Renato Irgang, Ricardo Probst
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