Táticas de captura e subjugação de presas no comportamento de predação da serpente Crotalus durissus collilineatus Amaral, 1926 em cativeiro

Autores

  • Letícia Ruiz Sueiro Laboratório de Herpetologia – Setor de Répteis – Instituto de Biologia – Universidade Federal de Uberlândia, Rua Ceará s/n, Campus Umuarama, Cx. Postal 593 CEP: 38400-902 – Uberlândia, MG, Brasil
  • Vera Lucia de Campos Brites Laboratório de Herpetologia – Setor de Répteis – Instituto de Biologia – Universidade Federal de Uberlândia, Rua Ceará s/n, Campus Umuarama, Cx. Postal 593 CEP: 38400-902 – Uberlândia, MG, Brasil

Resumo

Foram realizados estudos do comportamento de predação de seis espécimes  provenientes de uma mesma ninhada de Crotalus durissus collilineatus, nascidas e criadas em cativeiro. Utilizou-se a técnica “animal focal”através do visor de vidro dos viveiros, minimizando-se possível estresse. Para cada observação, camundongos foram oferecidos às serpen  tes, sucessivamente, até que estas recusassem a presa. Esta subes pécie possui a estratégia de captura denominada espreita, através da qual realiza  a seqüência de bote, soltura da presa, rastreamento e ingestão. Dentre as predações efetuadas, 20% (n = 4) utilizaram a “apreensão” e 80%  (n = 16), o “envenenamento” como mecanismo de subjugação das presas. A utili  -zação da tática de “apreensão” ocorreu somente após a primeira predação. Constatou-se que 95% (n = 20) das ingestões iniciaram-  se pela   região cranial das presas. Independentemente da parte do corpo da presa inicial- mente ingerida, todas as serpentes apresentaram, logo após a ingestão, o comportamento de ajustamento dos ossos do crânio e da mandíbula (“bocejo”).

Biografia do Autor

Letícia Ruiz Sueiro, Laboratório de Herpetologia – Setor de Répteis – Instituto de Biologia – Universidade Federal de Uberlândia, Rua Ceará s/n, Campus Umuarama, Cx. Postal 593 CEP: 38400-902 – Uberlândia, MG, Brasil

Letícia Ruiz Sueiro  Bolsista de Doutorado É doutoranda do Programa de Pós-Graduação Interunidades em Biotecnologia: Instituto Butantan, Instituto de Pesquisa Tecnológica e Universidade de São Paulo (IB/IPT/USP) sob orientação da Professora Doutora Selma Maria Almeida-Santos, no Laboratório Especial de Ecologia e Evolução do Instituto Butantan. Possui graduação em Ciências Biológicas Habilitação: Licenciatura Plena e Bacharelado pela Universidade Federal de Uberlândia (2005), e especialização em Gerenciamento Ambiental pela Universidade de São Paulo - ESALQ e aprimoramento profissional do Instituto Butantan no programa Herpetologia Aplicada à Saúde Pública. Atua na área de Herpetologia com ênfase em Epidemiologia dos Acidentes Ofídicos e comportamento, reprodução e ecofisiologia de Viperídeos. Certificado pelo autor em 14/09/11

Vera Lucia de Campos Brites, Laboratório de Herpetologia – Setor de Répteis – Instituto de Biologia – Universidade Federal de Uberlândia, Rua Ceará s/n, Campus Umuarama, Cx. Postal 593 CEP: 38400-902 – Uberlândia, MG, Brasil

Vera Lucia de Campos Brites  possui graduação em Licenciatura em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Juiz de Fora (1976), mestrado em Ciências Biológicas (Zoologia) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1982) e doutorado em Ecologia e Recursos Naturais pela Universidade Federal de São Carlos (2002). Atualmente é adjunto 4 da Universidade Federal de Uberlândia. Tem experiência na área de Ecologia, com ênfase em Herpetologia, atuando principalmente nos seguintes temas: serpentes, testudinatos, educação, etologia, sistemática, microbiologia, morfometria, bioquímica clínica de sangue. Certificado pelo autor em 16/03/10

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Publicado

2006-01-01

Edição

Seção

Artigos