Semelhanças e diferenças na estrutura da brincadeira social de hamsters dourados (Mesocricetus auratus) isolados e não isolados

Autores

  • Mauro Luís Vieira Departamento de Psicologia - UFSC

Resumo

Já é bem estabelecido na literatura que após isolamento social, animais brincam significativamente mais do que animais não isolados. Contudo, não é muito estudado a natureza da brincadeira de animais que passaram por períodos de isolamento social. O objetivo do presente experimento foi investigar a estrutura da brincadeira de hamsters dourados submetidos a um período de privação social de 24 horas, comparando-a com o desempenho de animais não isolados. Foram utilizados 54 hamsters machos com idade entre 28 e 32 dias de idade. Através da análise inferencial dos dados, constatou-se que o tempo total despendido em brincadeira, frequência, duração dos episódios, troca de posições, forma de interrupção da brincadeira e situação consequente foram afetados pelo isolamento social. No entanto, hamsters dos grupos experimental e controle apresentaram decréscimo da brincadeira ao longo da sessão experimental, tanto em relação ao tempo como ao número de troca de posições durante a brincadeira. A condição antecedente também não sofreu grandes alterações, nem a forma de iniciar a brincadeira. Conclui-se, portanto, que a brincadeira, enquanto sistema de motivação, apresenta algumas características que são inerentes à sua estrutura, enquanto outras são moduladas por condições ambientais, como por exemplo, isolamento social.

Biografia do Autor

Mauro Luís Vieira, Departamento de Psicologia - UFSC

Mestre e Doutor em Psicologia Experimental pela Universidade de São Paulo. Tem Pós-doutorado na Dalhousie University em Halifax (Canadá). Faz parte do quadro docente do Departamento de Psicologia na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Mais informações no Currículo Lattes.

Downloads

Publicado

2001-01-01

Edição

Seção

Artigos