Modelos experimentais para indução de cirrose hepática em animais: Revisão de literatura

Autores

  • Cristiane Carlin Passos Universidade de São Paulo
  • Amanda Olivotti Ferreira Universidade de São Paulo
  • Francisco Javier Hernandez Blazquez Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Departamento de Cirurgia
  • Ricardo Romão Guerra Universidade Federal da Paraíba, Centro de Ciências Agrárias - Campus III

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7925.2010v23n2p183

Resumo

O fígado desempenha papel homeostático fundamental no equilíbrio de numerosos processos biológicos. Cirrose hepática é uma síndrome, na qual convergem algumas doenças hepáticas crônicas, ocorrendo lesão hepatocelular seguida de deposição exacerbada de tecido fibroso ocasionando desorganização da arquitetura tecidual. O fígado está sujeito à lesão potencial por uma grande quantidade de agentes farmacológicos, tóxicos e/ou microbiológicos. Para o estudo de possíveis tratamentos para a cirrose, é necessário o estabelecimento de modelos animais de indução de cirrose, principalmente em roedores de laboratório que mimetizem o processo cirrótico encontrado em animais e homem, que tenham alta reprodutibilidade, homogeneidade e baixa mortalidade. Sendo assim, a indução de cirrose hepática torna-se primordial para investigar doenças hepáticas crônicas, como também para testar possíveis tratamentos terapêuticos para posterior utilização na clínica veterinária e humana. Tetracloreto de Carbono- CCl4, Tiocetamida – TAA e Dimetilnitrosamina – DMN têm sido as drogas de eleição para a indução da cirrose experimental em ratos, e são os modelos analisados neste trabalho. O modelo cirrótico com a TAA se mostrou ser o mais promissor pelos seguintes motivos: produz padrão histológico mais próximo ao da cirrose humana, com menor mortalidade, maior reprodutibilidade e segurança, apesar do período de indução ser maior (14 semanas).

Biografia do Autor

Cristiane Carlin Passos, Universidade de São Paulo

Mestre em Ciências pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade São Paulo (FMVZ-USP), bacharel em Medicina Veterinária pela Fundação Municipal de Ensino Superior de Bragança Paulista (FESB) e em Administração de Empresas pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). No campo profissional atua no Departamento de Higiene e Proteção à Saúde da Vigilância Sanitária da Secretaria Municipal da Saúde de Guarulhos. Possui experiência em Saúde Pública, Imunopatologia, Histologia e Embriologia na área de Medicina Veterinária e também em Administração de Empresas com ênfase em Marketing e Contabilidade Geral.

Amanda Olivotti Ferreira, Universidade de São Paulo

Médica Veterinária e Mestranda em Ciências Médicas do Programa de Pós-graduação do Departamento de Cirurgia - Setor de Anatomia dos Animais Domésticos e Silvestres- Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo. Atuando em Terapia Celular e Molecular, no Estudo Descritivo/Morfológico dos Animais Selvagens e dos Mamíferos Aquáticos. Área de concentração: Medicina Experimental.

Francisco Javier Hernandez Blazquez, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Departamento de Cirurgia

FRANCISCO JAVIER HERNANDEZ BLAZQUEZ é médico veterinário pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP (1981) e concluiu o doutorado em ciencias (biologia celular e tecidual) pela universidade de sao paulo em 1989. Participou do Proantar várias vezes. Realizou pós-doutorado na Agência Internacinal de Pesquisa do Câncer (OMS - IARC/WHO), em Lyon, na França. Atualmente é professor titular - MS6 da Universidade de Sao Paulo. publicou 41 artigos em periodicos especializados e 76 trabalhos em anais de eventos. Orientou 7 dissertacoes de mestrado e 6 teses de doutorado, alem de ter orientado 9 trabalhos de iniciacao cientifica nas areas de morfologia, medicina veterinaria e zootecnia. recebeu 3 premios e/ou homenagens. entre 1990 e 2003 coordenou 14 projetos de pesquisa. atualmente coordena 9 projetos de pesquisa. atua na area de morfologia, com enfase em citologia e biologia celular. em suas atividades profissionais interagiu com 167 colaboradores em co-autorias de trabalhos cientificos. Sua linha de pesquisa atual é controle e evolução da cirrose hepática em modelos animais em seu curriculo lattes os termos mais frequentes na contextualizacao da producao cientifica, tecnologica e artistico-cultural sao: intestino, peixes, figado, histologia, antartica, prochilodus scrofa, peixe, regeneracao, ultra-estrutura e aflatoxina.

Ricardo Romão Guerra, Universidade Federal da Paraíba, Centro de Ciências Agrárias - Campus III

Ricardo Romão Guerra é graduado pela Universidade de São Paulo (2004). É Doutor em Ciências pelo Setor de Anatomia dos Animais Domésticos e Silvestres da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo, com Doutorado Sandwiche pela McGill University no Royal Victoria Hospital em Endocrinologia Molecular. Atualmente é Pós-Doutorando (FAPESP) da FMVZ-USP e Professor Adjunto de Histologia dos Animais Domésticos do Curso de Medicina Veterinária do Campus de Areia/UFPB. Tem experiência na área de Histologia e Anatomia Animal, Terapia Celular e Biologia Molecular, atuando principalmente nas seguintes áreas: células-tronco e terapia celular, regeneração de fígado (tratamento de cirrose) e pele, morfologia descritiva de animais silvestres, fatores de crescimento e progranulina.

Downloads

Publicado

2010-04-08

Edição

Seção

Artigos