Ingestão de plástico pelo atobá-mascarado, Sula dactylatra Lesson, 1831, na Reserva Biológica do Atol das Rocas, RN, Brasil

Autores

  • Erich de Freitas Mariano Unidade Acadêmica de Ciências Biológicas - UACB/ Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR/ Universidade Federal de Campina Grande - UFCG
  • Carlos Henrique Targino Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas, área de concentração Zoologia, Universidade Federal da Paraíba, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7925.2012v25n4p285

Resumo

Partículas plásticas constituem um dos poluentes mais comuns no ambiente marinho e atingem inclusive regiões com baixa densidade populacional humana. Frequentemente, essas partículas são ingeridas por diversos organismos marinhos, ocasionando problemas no trato digestivo, que podem culminar no enfraquecimento e morte do animal. Em um estudo acerca da alimentação de 631 Atobás-mascarados, Sula dactylatra, na Reserva Biológica do Atol das Rocas, foram encontradas partículas plásticas no conteúdo estomacal de quatro indivíduos adultos. Os artefatos plásticos encontrados constituíam-se de um plástico transparente, um pedaço de rótulo de garrafa de água mineral, dois pedaços de plástico preto e um pedaço rígido pequeno e vermelho. O fluxo de embarcações, tanto pesqueiras quanto turísticas, no entorno da ReBio Atol das Rocas pode ser a fonte de origem das peças plásticas tanto nos conteúdos estomacais quanto os encontrados nas ilhas da reserva, evidenciando que ações antropogênicas já atingem áreas isoladas, as quais deveriam ter um elevado grau de proteção da biodiversidade. Diversas medidas podem ser tomadas para evitar eventos deletérios na biota marinha, porém há uma grande dificuldade em evitar o descarte de lixo proveniente de navios pesqueiros e de turismo, além dos materiais vindos do continente, sendo necessário um incremento nos esforços de conscientização e fiscalização. 



Biografia do Autor

Erich de Freitas Mariano, Unidade Acadêmica de Ciências Biológicas - UACB/ Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR/ Universidade Federal de Campina Grande - UFCG

Doutorando em ciências biológicas, área de concentração Zoologia, pela UFPB com início em março de 2011. Professor do curso de ciências biológicas da UFCG - campus de Patos, PB desde novembro de 2009. Atua nas áreas de biologia marinha, zoologia e ornitologia com estudos de ecologia e biogeografia.

Carlos Henrique Targino, Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas, área de concentração Zoologia, Universidade Federal da Paraíba, Brasil.

Possui graduação em Ciências biológicas pela Universidade Federal da Paraíba (2005) e mestrado em Ciências Biológicas (Zoologia) pela Universidade Federal da Paraíba (2007). Tem experiência na área de Ecologia, com ênfase em Ecologia de Comunidades Bênticas, atuando principalmente nos seguintes temas: zoologia, ecologia e estrutura de comunidade.

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Publicado

2012-08-07

Edição

Seção

Comunicações Breves