Anfíbios anuros em uma área de Mata Atlântica da Serra do Tabuleiro, Santa Catarina

Autores

  • Milena Wachlevski Universidade Federal Rural do Semi-árido, UFERSA
  • Luciana Kreutz Erdtmann Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
  • Paulo Christiano de Anchietta Garcia Universidade Federal de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7925.2014v27n2p97

Resumo

http://dx.doi.org/10.5007/2175-7925.2014v27n2p97

A Mata Atlântica é uma área prioritária para a conservação de anfíbios, com algumas regiões que ainda apresentam lacunas de conhecimento. Analisamos a composição e riqueza das espécies de anuros em área de floresta ombrófila densa da Serra do Tabuleiro, a variação sazonal da riqueza e a atividade diária dos machos em turnos de vocalização. Amostramos os anuros em duas lagoas permanentes e em uma trilha no interior da floresta durante 14 meses. Registramos 32 espécies de anuros, das quais Aplastodiscus cochranae, A. ehrhardti e Hypsiboas poaju estão na lista de espécies ameaçadas do estado. O maior número de espécies esteve associado à primavera e ao verão. As espécies de anuros mais frequentes foram H. bischoffi, Adenomera araucaria e Physalaemus nanus, registradas durante todo o período estudado. A atividade diária dos machos esteve concentrada entre 20:00 e 24:00, mas algumas espécies continuaram vocalizando durante a madrugada, indicando que a atividade vocal pode diferir entre as espécies submetidas às mesmas condições climáticas. A diversidade de anuros registrada em nosso estudo foi alta, incluindo espécies ameaçadas e espécies com pouco conhecimento biológico, reforçando a relevância da Serra do Tabuleiro como área prioritária para a conservação da Mata Atlântica.

Biografia do Autor

Milena Wachlevski, Universidade Federal Rural do Semi-árido, UFERSA

Possuo graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Santa Catarina (2002), mestrado em Zoologia de Vertebrados pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (2005) e doutorado em Ecologia e Evolução pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2011). Atualmente sou professora adjunto 1 da Universidade Federal Rural do Semi-Árido. Tenho experiência em docência no ensino superior, e nas áreas de Ecologia, Zoologia e Conservação de vertebrados, principalmente anfíbios e répteis, atuando principalmente nos seguintes temas: anfíbios anuros, biodiversidade, uso de microambientes, ecologia de comunidades e conservação animal.

Luciana Kreutz Erdtmann, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Santa Catarina (2002), Mestrado na Universidad de Los Andes, Bogotá, Colômbia e atualmente, realiza o Doutorado no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Amazonas, Brasil. Tem experiência na área de Herpetologia, com ênfase em Comportamento Animal, atuando principalmente nos seguintes temas: comunicação acústica, visual, evolução.

Paulo Christiano de Anchietta Garcia, Universidade Federal de Minas Gerais

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Santa Catarina (1992), mestrado em Biociências (Zoologia) pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1996) e doutorado em Ciências Biológicas (Zoologia) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2003). Bolsista Jovem Pesquisador FAPESP no Museu de Zoologia da USP (2006-2008), onde conclui o Pós-Doutorado em Zoologia; Professor Orientador de Mestrado no Curso de Pós-Graduação em Biotecnologia, ênfase em Filogenia Molecular na Universidade de Mogi das Cruzes. Professor Adjunto I do Departamento de Zoologia da Universidade Federal de Minas Gerais. Faz parte do conselho consultivo - grupo temático - amphibia do Centro de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN/IBAMA). Tem experiência na área de Zoologia, com ênfase em Biologia, Taxonomia e Sistemática de Anfíbios e inventariamento de fauna.

Downloads

Publicado

2014-03-17

Edição

Seção

Artigos