Fitoplâncton da baía do Coqueiro (Pantanal de Poconé, Mato Grosso)

Autores

  • Sandra Francisca Marçal Programa de Pós Graduação em Ciências Ambientais
  • Simoni Maria Loverde-Oliveira Departamento de Ciências Biológicas, Universidade Federal do Mato Grosso - Rondonópolis, MT

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7925.2015v28n2p9

Resumo

Estudos sobre a composição florística são essenciais para compreender mudanças quali-quantitativas nas assembleias fitoplanctônicas ao longo do ano. A variação espaço-temporal da composição, riqueza, frequência de ocorrência e abundância (semiquantitativa) da comunidade fitoplanctônica foi analisada mensalmente (de abril de 2002 a maio de 2003), em três estações, na baía do Coqueiro (Pantanal, Mato Grosso). Foram registrados 256 táxons, representados principalmente por Zygnematophyceae (36%), Chlorophyceae (21%) e Euglenophyceae (14%). A maior abundância média ocorreu na estação limnética (2), porém, Bacillariophyceae, Cyanophyceae, Chlorophyceae e Zygnematophyceae prevaleceram nas três estações. A maior riqueza média foi obtida na estação litorânea (3), porém, essa estação apresentou abundância significativamente menor (p < 0,05) que as duas estações limnéticas. O sistema caracterizou-se por maiores contribuições de Chlorophyceae no período de vazante, Bacillariophyceae na estiagem, Cyanophyceae na enchente e Zygnematophyceae na cheia, e, em média, a maior riqueza e abundância foram registradas na estiagem (Aulacoseira spp., Coelastrum spp., Anabaena spp., Aphanocapsa minutissima, Planktolyngbya spp. e Eutetramorus fottii). Os atributos da comunidade fitoplanctônica apresentaram variações espaciais e temporais, influenciadas pela presença de macrófitas, mas definidas, sobretudo, pelas mudanças hidrológicas sazonais, causadas pelo pulso de inundação

Biografia do Autor

Sandra Francisca Marçal, Programa de Pós Graduação em Ciências Ambientais

Graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Mato Grosso (2005), Mestrado em Ecologia e Conservação da Biodiversidade (2007) pela Universidade Federal de Mato Grosso e doutorado em Ciências Biológicas com enfase em Zoologia (2014) pela Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho. 

Simoni Maria Loverde-Oliveira, Departamento de Ciências Biológicas, Universidade Federal do Mato Grosso - Rondonópolis, MT

Graduada em Ciências Biológicas e doutora em Ecologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2005). É professora Associado I da Universidade Federal de Mato Grosso onde ministra aulas desde 1994 e se dedica a projetos de extensão e pesquisa. Atualmente é professora do curso de Mestrado em Geografia participando dos grupos de pesquisa AGETEA e do grupo Ecologia e Manejo de Recursos Pesqueiros. É membro titular do Conselho Municipal de Meio Ambiente em Rondonópolis, Mato Grosso. Tem desenvolvido pesquisas ecológicas e limnológicas com organismos aquáticos das planícies de inundação do Pantanal e Guaporé junto a equipes de pesquisa do Brasil, do Uruguai (UDELAR) e Espanha (Universidad de Cantabria). Os termos mais frequentes na contextualização da produção científica são: fitoplâncton, zooplâncton, Pantanal, planície de inundação e gestão ambiental. Foi homenageada por Tremarin et al. (2014) como nome de uma nova especie de diatomácea - Aulacoseira simoniae Tremarin, Torgan & T Ludwig

Publicado

2015-02-19

Edição

Seção

Artigos