Dez anos do informe brasileiro sobre espécies exóticas invasoras: avanços, lacunas e direções futuras

Autores

  • Rafael Dudeque Zenni Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Ecologia, Campus Darcy Ribeiro, Asa Norte, CEP 70910-900, Brasília - DF, Brasil
  • Michele de Sá Dechoum Laboratório de Ecologia Vegetal, Departamento de Ecologia e Zoologia, Centro de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC.
  • Sílvia Renate Ziller Instituto Hórus de Desenvolvimento e Conservação Ambiental. Servidão Cobra Coral 111, Florianópolis, SC

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7925.2016v29n1p133

Resumo

Em 2004, o Ministério do Meio Ambiente contratou a elaboração do Informe Nacional sobre Espécies Exóticas Invasoras, cujos objetivos eram a coleta, a sistematização e a divulgação de informações no Brasil. Neste artigo, revisamos o que existia de conhecimento científico e normativas legais sobre invasões biológicas no Brasil antes do Informe, fazemos uma avaliação dos avanços e lacunas nos 10 anos pós-Informe e sugerimos direções futuras. Encontramos 143 artigos científicos e 65 marcos legais sobre espécies exóticas invasoras publicados entre 1999 e 2014. Os dados indicam que o Informe Nacional representa um divisor de águas para o tema no Brasil, a partir do qual aumentou a frequência da publicação de normas legais e pesquisas científicas. Identificamos avanços, ainda que aquém do necessário para considerar o tema consolidado no país. Os avanços obtidos se devem em parte à mobilização do terceiro setor e a grupos de pesquisa trabalhando separadamente. Para os próximos anos devem ser promovidos projetos de pesquisa, manejo e gestão mais ambiciosos e relevantes para fazer avançar o tema no país, contribuir para seu avanço em termos globais, embasar ações práticas de manejo e consolidar um arcabouço legal integrado que efetivamente permita-nos prevenir, manejar e controlar invasões biológicas.

Biografia do Autor

Rafael Dudeque Zenni, Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Ecologia, Campus Darcy Ribeiro, Asa Norte, CEP 70910-900, Brasília - DF, Brasil

Engenheiro Florestal pela UFPR, Bacharel em Botânica pela Universidade de Stellenbosch e PhD em Ecologia e Biologia Evolucionária pela Universidade do Tennessee.

Michele de Sá Dechoum, Laboratório de Ecologia Vegetal, Departamento de Ecologia e Zoologia, Centro de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC.

Bacharel e Licenciada em Ciências Biológicas, Mestre em Biologia Vegetal pela Universidade Estadual de Campinas e Doutora em Ecologia pela Universidade Federal de Santa Catarina.

Sílvia Renate Ziller, Instituto Hórus de Desenvolvimento e Conservação Ambiental. Servidão Cobra Coral 111, Florianópolis, SC

Graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Paraná, Mestrado em Silvicultura - Fitossociologia (Eng. Florestal) pela Universidade Federal do Paraná e Doutorado em Conservação da Natureza pela Universidade Federal do Paraná. Fundadora e Diretora Executiva do Instituto Hórus de Desenvolvimento e Conservação Ambiental.

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Publicado

2016-02-05

Edição

Seção

Artigos