Cultivo de Batis maritima, Sarcocornia ambigua e Sporobolus virginicus com água residuária do cultivo de Litopenaeus vannamei

Autores

  • Roberta Moriconi Freire Schardong Universidade Federal do Ceará http://orcid.org/0000-0002-5115-2050
  • Oriel Herrera Bonilla Universidade Estadual do Ceará
  • Sandra Tédde Santaella Universidade Federal do Ceará

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7925.2018v31n2p19

Resumo

As águas residuárias de carcinicultura descartadas diretamente no ambiente podem provocar diversos impactos para a estabilidade dos ecossistemas adjacentes. Nesta perspectiva, este trabalho compara: o crescimento de plantas halófitas cultivadas com água residuária do cultivo de camarão e com água bruta de um estuário; a interação entre o cultivo integrado de plantas halófitas com camarões em sistemas de recirculação de água; e as medidas de variáveis físico-químicas das águas residuárias antes e após serem submetidas a um sistema de tratamento com plantas halófitas. Para tanto, foram realizados dois experimentos de bancada utilizando caixas de fibra para o cultivo das halófitas. Em ambos os experimentos foram realizadas medições semanais do crescimento e das massas inicial e final das plantas. As taxas de crescimento relativo e absoluto foram mensuradas para a massa e a altura das espécies vegetais. As taxas de crescimento absoluto para a massa da espécie Batis maritima dos sistemas um e dois do experimento 1 e do sistema com plantas do experimento 2 foi, respectivamente, 1,12 cm/d, 4,40 cm/d e 3,55 cm/d. Os dados indicaram que halófitas cultivadas com águas residuárias de carcinicultura apresentam crescimento maior, assim como são reduzidos os nutrientes do meio de cultivo na presença das plantas.

Biografia do Autor

Roberta Moriconi Freire Schardong, Universidade Federal do Ceará

Graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Santa Catarina (1996) e
mestrado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Paraná (1999) e especializações
na área ambiental. Tem experiência nas áreas ambiental e educacional, com ênfase em
elaboração, acompanhamento, gestão e avaliação de projetos , atuando principalmente nos
seguintes temas: meio ambiente, plantas medicinais, etnobotânica, saúde, botânica e ciências.

Oriel Herrera Bonilla, Universidade Estadual do Ceará

Graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (1983), graduação em Licenciatura Agrícola pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (1992), mestrado em Botânica pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (1991) e doutorado em Ecologia - Bielefeld Universitat (1997). Atualmente é professor Associado da Universidade Estadual do Ceará. Coordena o Laboratório de Ecologia da instituição. É membro do corpo docente do Mestrado Acadêmico em Recursos Naturais. Tem experiência na área de Ecologia, com ênfase em Ecossistemas, atuando principalmente nos seguintes temas: halófitas, salinidade, permacultura, biodiversidade e semi-árido, bioprospecção com plantas da Caatinga, análise e impactos ambientais. Desenvolve pesquisas relacionadas com Bioinvasão.

Sandra Tédde Santaella, Universidade Federal do Ceará

Química (1981) e mestre em Química (1987), pela Universidade Federal de São Carlos; doutora
em Engenharia Civil - Área de concentração em Hidráulica e Saneamento pela Escola de
Engenharia de São Carlos (1993). É professora titular aposentada da Universidade Federal do
Ceará, Participa do programa de Pós-graduação em Ciências Marinhas Tropicais. Desenvolve
pesquisas com tratamento biológico de águas residuárias, qualidade de água, poluição marinha
e, reúso e valorização de resíduos e biomassa.

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Publicado

2018-05-24

Edição

Seção

Artigos