Estimulação cortical e a dor neuropática

Autores

  • Cristiane Cagnoni Ramos Universidade de São Paulo
  • Fernanda Cardoso Universidade de São Paulo
  • Carlos Eduardo Malavasi Bruno Universidade de São Paulo
  • Juliana Shimara Ferrão Universidade de São Paulo
  • Joana Mona Pinto Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7925.2015v28n2p1

Resumo

O presente trabalho é uma revisão de dados fisiológicos e comportamentais sobre a estimulação elétrica do córtex motor (ECM) e seu papel durante a dor neuropática persistente. A ECM tem sido amplamente utilizada na clínica médica como ferramenta para controle da dor que não respondem satisfatoriamente a nenhum tipo de analgesia convencional. Alguns importantes mecanismos envolvidos na modulação nociceptiva não foram, até o momento, esclarecidos. O objetivo deste estudo foi descrever os mecanismos envolvidos durante a dor neuropática e apresentar a eficiência da estimulação elétrica do córtex motor utilizada no tratamento desta doença. As vias ascendentes da dor são ativadas por receptores periféricos, onde há a transdução do estímulo químico, físico ou mecânico, em impulso nervoso, transmitindo este até a coluna posterior da medula espinal, onde ocorre conexão com neurônios de segunda ordem e ascendem à diferentes locais do sistema nervoso central, onde o estímulo periférico é percebido como dor. Por ser comprovada grande modulação deste sentido no córtex motor, vem sendo estudado o efeito da ECM para mimetizar os efeitos na pratica clinica e aperfeiçoar os tratamentos empregados durante a dor crônica. A ECM ganhou uma atenção especial nos últimos anos devido a sua ação em reverter quadros de dor neuropática de origem crônica, esta sendo mais eficiente do que a estimulação elétrica em diferentes locais e núcleos relacionados a dor.

Biografia do Autor

Cristiane Cagnoni Ramos, Universidade de São Paulo

Mestre em Ciências pela Faculdade de Medicina Veterinária da USP, no Departamento de Anatomia dos Animais Domésticos e Silvestres, onde avaliou a regeneração óssea de calvária murina através de terapia celular com células-tronco. Possui graduação em Ciências Biológicas pelo Centro Universitário São Camilo, iniciação científica no Laboratório de Neurobiologia Celular do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo, onde foi bolsista pibic/CNPq. Possui aperfeiçoamento científico no grupo de Neuromodulação e Dor Experimental do Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa.

 

Fernanda Cardoso, Universidade de São Paulo

Possui graduação em Medicina Veterinária pela Universidade Camilo Castelo Branco (2011). Atualmente Mestre em ciências pela Universidade de São Paulo, atuando principalmente nos seguintes temas: Indoleamina 2,3 Dioxygenase, Imunologia, teleósteos, Inflamação.

Carlos Eduardo Malavasi Bruno, Universidade de São Paulo

Possui graduação em Ciências Biológicas pelo Centro Universitário São Camilo (2010). Mestre em Ciências pela Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de São Paulo (2012), Doutorando pela Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Sao Paulo, atuando principalmente no seguinte tema: Anatomia de tubarões e raias.

Juliana Shimara Ferrão, Universidade de São Paulo

Possui graduação em Medicina Veterinária e Zootecnia pela Universidade de São Paulo (2009). Mestre em Ciências (2013) pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo, no Departamento de Cirurgia (Anatomia dos Animais Domésticos e Silvestres). Atualmente doutoranda pelo Programa de Interunidades de Biotecnologia, no Departamento de Cirurgia (Anatomia dos Animais Domésticos e Silvestres) da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo.

Joana Mona Pinto, Universidade de São Paulo

Possui graduação em Licenciatura Plena em Biologia pela Fundação Educacional da Região dos Lagos (2006), mestrado em Anatomia dos Animais Domésticos e Silvestres pela Universidade de São Paulo (2009) e doutorado em Ciências (Biologia Celular e Tecidual) pela Universidade de São Paulo (2014). Tem experiência na área de biologia geral, zoologia e morfologia com ênfase em histologia.

Publicado

2015-02-20

Edição

Seção

Artigos