Conhecimento ecológico e captura incidental de tartarugas marinhas em São João de Pirabas, Pará, Brasil

Autores

  • Tiago Pereira Brito Instituto Federal do Pará - IFPA Castanhal
  • Antonia Natalia Dias de Oliveira Instituto Federal do Pará (IFPA), Campus Castanhal
  • Daniella Amor Cunha da Silva Universidade Federal Rural da Amazônia, Campus de Capitão Poço
  • Jaime Alessandro de Souza Rochas Universidade Norte do Paraná, Pólo Castanhal

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7925.2015v28n3p159

Resumo

Este estudo teve por objetivo registrar o conhecimento ecológico de pescadores do município de São João de Pirabas, Pará, Brasil, quanto à ocorrência de tartarugas marinhas no litoral paraense, bem como mensurar sua captura incidental durante a pesca; para tanto, foram realizadas 50 entrevistas semiestruturadas com pescadores locais. A pesca foi praticada predominantemente por homens adultos, que utilizavam sete artes de pesca (rede de emalhe, linha e anzol, espinhel, curral, tarrafa, tapagem e matapi), voltadas principalmente à captura da cavala (Scomberomorus cavalla), serra (S. brasiliensis), gó (Macrodon ancylodon), corvina (Cynoscion spp.), pescada (Cynoscion spp.), bandeirado (Bagre bagre) e tainha (Mugil spp.). Os pescadores observaram na região cinco espécies de tartarugas, sendo mais frequente a ocorrência de Chelonia mydas (100%), Dermochelys coriacea (66%) e Eretmochelys imbricata (46%); as espécies com menor frequência são Caretta caretta (16%) e Lepidochelys olivacea (8%). As áreas de desova das três espécies mais frequentes demonstram a importância do litoral paraense para sua conservação. Capturas incidentais foram relatadas por 76% dos pescadores, ocorrendo principalmente em redes, espinheis e currais. Geralmente, os animais capturados eram soltos, apesar de haver o consumo de carne e ovos de tartaruga marinha pelos pescadores.

Biografia do Autor

Tiago Pereira Brito, Instituto Federal do Pará - IFPA Castanhal

Possui graduação em Oceanografia pela Universidade Federal do Pará - UFPA (2005) e mestrado em Oceanografia Biológica pela Universidade Federal de Rio Grande FURG (2008). Atuou como professor substituto da Faculdade de Oceanografia - UFPA durante o ano de 2009. Atualmente é professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará - IFPA, Campus Castanhal, sendo vice coordenador do curso de Tecnologia em Aquicultura e coordenador do curso Técnico em Meio Ambiente.

Antonia Natalia Dias de Oliveira, Instituto Federal do Pará (IFPA), Campus Castanhal

Técnica em Meio Ambiente pelo Instituto Federal do Pará (IFPA), Campus Castanhal (2014) e atualmente é discente do curso de Tecnologia em Aquicultura pelo IFPA-Castanhal.

Daniella Amor Cunha da Silva, Universidade Federal Rural da Amazônia, Campus de Capitão Poço

Técnica em Meio Ambiente pelo Instituto Federal do Pará (IFPA), Campus Castanhal (2014) e atualmente é discente do curso de Eng. Agronômica da Universidade Federal Rural da Amazônia, Campus de Capitão Poço.

Jaime Alessandro de Souza Rochas, Universidade Norte do Paraná, Pólo Castanhal

Técnico em Meio Ambiente pelo Instituto Federal do Pará (IFPA), Campus Castanhal (2014) e atualmente é discente do curso de Licenciatura em Ciências Biológica da Universidade Norte do Paraná, Pólo Castanhal.

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Publicado

2015-05-14

Edição

v. 28 n. 3 (2015)

Seção

Artigos

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