Comportamento fenológico no evento pós-queima e biologia reprodutiva de Spiranthera odoratissima A. St.-Hil. (Rutaceae)

Autores

  • Cristiane Soares Pereira da Silva Universidade Estadual de Goiás, Unidade Universitária de Ciências Exatas e Tecnológicas, Campus BR 153, Laboratório de Biodiversidade, CEP 75001-970, Anápolis – GO, Brasil
  • Mirley Luciene dos Santos Universidade Estadual de Goiás, Unidade Universitária de Ciências Exatas e Tecnológicas, Campus BR 153, Laboratório de Biodiversidade, CEP 75001-970, Anápolis – GO, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7925.2008v21n1p29

Resumo

O comportamento fenológico das espécies de cerrado influenciadas pela ação de queimadas é pouco conhecido. O estudo da fenologia e biologia reprodutiva de Spiranthera odoratissima A. St.-Hil. foi realizado em uma área antropizada de cerrado sensu stricto submetida ao fogo no município  de Goiânia, Goiás. Observações fenológicas evidenciaram que os indivíduos floresceram sincronicamente três meses após a queima. Os  ritmos fenológicos estiveram associados aos efeitos da sazonalidade pluviométrica, padrão característico das espécies subarbustivas de cerrado. As flores são brancas, de odor adocicado e estão reunidas em inflorescências paniculadas. A antese é crepuscular e inicia-se por volta das 16h. Os recursos oferecidos aos visitantes são pólen e néctar. A espécie produz 32,8?l (± 3,4) de néctar com concentração média de 16,4% (± 0,43) em equivalentes de sacarose. O sistema de polinização (falenofi lia) foi proposto com base na análise das características florais. Os visitantes observados foram abelhas (Apis mellifera Linnaeus), moscas, vespas, formigas e besouros, porém, devido ao comportamento na inflorescência,  foram considerados apenas pilhadores de recursos. Foi constatado que Trigona spinipes Fabr. pode atuar como polinizador secundário durante a pilhagem de pólen. Os resultados das polinizações manuais e o índice de incompatibilidade (ISI) indicam que a espécie é xenógama e auto-compatível.

Biografia do Autor

Cristiane Soares Pereira da Silva, Universidade Estadual de Goiás, Unidade Universitária de Ciências Exatas e Tecnológicas, Campus BR 153, Laboratório de Biodiversidade, CEP 75001-970, Anápolis – GO, Brasil

Possui Mestrado em Botânica pela Universidade de Brasília, UnB (2007), onde atuou na área de Etnobotânica de plantas medicinais do Cerrado. Possui graduação em Biologia pela Universidade Estadual de Goiás, Anápolis, UEG (2004). 

Mirley Luciene dos Santos, Universidade Estadual de Goiás, Unidade Universitária de Ciências Exatas e Tecnológicas, Campus BR 153, Laboratório de Biodiversidade, CEP 75001-970, Anápolis – GO, Brasil

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Uberlândia (1994), mestrado em Botânica pela Universidade de Brasília (1997) e doutorado em Ecologia pela Universidade de Brasília (2003). Professora titular da Universidade Estadual de Goiás, atua em atividades de ensino para a gra- duação do Curso de Ciências Biológicas e na pesquisa. É curadora do Herbário da Universidade Estadual de Goiás. Tem experiência na área da Botânica, atuando principalmente nos seguintes temas: Flora do Cerrado, biologia reprodutiva de plantas nativas e etnobotânica.

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Publicado

2011-09-22

Edição

Seção

Artigos