Germinação e desenvolvimento de mudas do tomateiro Super Marmande submetidos à aplicação de giberelina em diferentes níveis de sombreamento

Autores

  • Ramonn Diego Barros de Almeida Universidade Federal Fluminense https://orcid.org/0000-0002-1286-1313
  • Cristina Moll Hüther Universidade Federal Fluminense https://orcid.org/0000-0003-0655-5966
  • Ana Claudia Langaro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
  • Nathan Pereira da Costa Correa Universidade Federal Fluminense
  • Julia Oliveira Universidade Federal Fluminense
  • Daniela Marques Correa Universidade Federal Fluminense
  • Jóice Azevedo Universidade Federal Fluminense

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7925.2020.e70102

Resumo

Devido à crescente importância socioeconômica do fruto do tomateiro, a preocupação acerca da germinação e do crescimento vegetativo dessa espécie é alvo de estudos para seu melhoramento, visando principalmente ao aumento da produtividade. Portanto, objetivou-se avaliar a influência do ácido giberélico e de diferentes níveis de sombreamento na germinação e no desenvolvimento inicial das mudas de tomateiro da variedade Super Marmande. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso e os tratamentos arranjados em esquema fatorial (2x3), sendo o fator A com e sem a aplicação do hormônio, Giberelina (GA), na concentração de 200 mg.L-1, e o fator B com três diferentes níveis de intensidade luminosa (pleno sol (0%), 70 e 90% de sombreamento). A germinação e a condução do experimento foram realizadas em bandejas de polietileno com substrato comercial Terral®, composto por 20 plantas com 10 repetições cada e as avaliações foram realizadas 26 dias após a semeadura (DAS). Foram analisados taxa de germinação diária, índice de velocidade de germinação, porcentagem de germinação, massa fresca e seca da plântula inteira, volume de raiz, diâmetro do caule, comprimento de raiz e altura da parte aérea e pigmentos fotossintéticos. Os resultados demonstraram que somente os níveis de sombreamento influenciaram na germinação. Já a utilização do ácido giberélico na concentração de 200 mg.L-1, para as mudas do tomateiro Super Marmande, não apresentou efeito significativo. O desenvolvimento das mudas nos níveis de sombreamento de 70% e 90% foi melhor quando comparado com o tratamento a pleno sol.

Biografia do Autor

Ramonn Diego Barros de Almeida, Universidade Federal Fluminense

Mestrando pelo Programa Pós-Graduação em Engenheira de Biossistemas da Universidade Federal Fluminense - UFF. Graduado em Engenharia Agrícola e Ambiental pela Universidade Federal Fluminense - UFF (2018). Durante a graduação participou como aluno bolsista do Laboratório de Geotecnologia e Programa de Educação Tutorial, PET Agrícola e Ambiental. Realizou estágio externo no Instituto Estadual Ambiental - INEA.

Cristina Moll Hüther, Universidade Federal Fluminense

Pós-Doutoranda (FAPERJ) na Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ) - Centro de Ciências Médicas, Faculdade de Farmácia. Professora substituta na Universidade Federal do Rio de Janeiro (Fisiologia Vegetal). É pesquisadora do grupo de pesquisa Recursos Naturais e Interações Planta-Ambiente da UFF-RJ. Pesquisadora do Grupo de Pesquisa Plantas Daninhas e Pesticidas no Ambiente - PDPA, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ- RJ). Foi Pós-Doutoranda PNPD/CAPES (julho-outubro 2014) na Universidade Federal de Pelotas (UFPel -RS), no Programa de Pós-Graduação em Fisiologia Vegetal (Laboratório de Fisiologia de Sementes) e também foi Pós-doutorada (outubro 2014- setembro 2019 - UFF) no Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Biossistemas. Mestrado (2010-2011) e Doutorado em Fisiologia Vegetal (2011 - 2014) na Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Cursou Pós-Graduação (Lato sensu) em: Gestão de Sistemas Ecológicos e Educação Ambiental // Ciências Políticas e Sociais pela Faculdade DOM BOSCO de Ubiratã (2007). Graduação em Ciências Biológicas pela Universidade da Região da Campanha - URCAMP - São Gabriel -RS (2006).

 

Ana Claudia Langaro, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Engenheira Agrônoma formada pela Universidade Federal de Pelotas no ano de 2012. Foi bolsista do Programa de Educaçao Tutorial - PET 2009 e 2010 e bolsista da Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (FAPERGS) em 2010 e 2011. Desenvolveu projetos na área de herbologia junto ao Centro de Estudos em Herbologia (CEHERB) do departamento de Fitossanidade. Possui mestrado pelo programa de pós graduação em Fitossanidade pela Universidade Federal de Pelotas e doutorado em Fitotecnia pela Universidade Federal de Viçosa. Realizou estágio de doutorado sanduiche na University of Arkansas, sob orientação da professora e pesquisadora PhD. Nilda Roma Burgos. Atualmente é bolsista de Pós-Doutorado CAPES/PNPD do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola e Ambiental da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - UFRRJ atuando nas áreas de Resistência de Plantas Daninhas a Herbicidas e Dinâmica de Herbicidas no Ambiente.

Nathan Pereira da Costa Correa, Universidade Federal Fluminense

Graduando em Engenharia Agrícola e Ambiental pela Universidade Federal Fluminense - UFF. Bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica da Universidade Federal Fluminense PIBIC  CNPq/UFF e Voluntário do Programa de Educação Tutorial, PET Agrícola e Ambiental.

Julia Oliveira, Universidade Federal Fluminense

Graduanda em Engenharia Agrícola e Ambiental pela Universidade Federal Fluminense - UFF.

Daniela Marques Correa, Universidade Federal Fluminense

Graduanda em Engenharia Agrícola e Ambiental pela Universidade Federal Fluminense - UFF. Bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica da Universidade Federal Fluminense PIBIC  CNPq/UFF.

Jóice Azevedo, Universidade Federal Fluminense

Aluna de graduação do curso de Engenharia Agrícola e Ambiental da Universidade Federal Fluminense (UFF). Foi monitora da disciplina Cálculo 2b (Cálculo em várias variáveis: Diferencial) na UFF, realizou atividade de iniciação científica com projeto Cadeias de Markov: Simulação e Aplicações, sendo bolsista da FAPERJ (Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro) e atualmente integrante do Programa de Educação Tutorial de Engenharia Agrícola e Ambiental. Fez curso técnico em Estruturas Navais na Escola Técnica Estadual Henrique Lage (ETEHL- Faetec).

 

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Publicado

2020-05-25

Edição

Seção

Artigos