Implicações do agrupamento de inflorescências para a taxa de visitação por beija-flores e a produção de frutos de Heliconia bihai (L.) L. (Heliconiaceae)

Autores

  • Caio César Corrêa Missagia Universidade do Estado do Rio de Janeiro
  • Fábio de Castro Verçoza Fundação Técnico Educacional Souza Marques

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7925.2015v28n3p181

Resumo

A distribuição espacial de plantas pode influenciar a atividade de visitantes florais. O agrupamento de flores em manchas pode ser mais atrativo aos visitantes e supostamente influenciar a produção de frutos. Este estudo teve por objetivo testar a hipótese de que em Heliconia bihai (L.) L. (Heliconiaceae) o tamanho do agrupamento de inflorescências influencia positivamente a taxa de visitação e a produção de frutos da espécie. O estudo foi realizado em trecho de Mata Atlântica, no município do Rio de Janeiro. Foram registradas cinco espécies de beija-flores visitantes florais. A taxa de visitação média (± desvio padrão) dos beija-flores foi de 2 (± 0,56) visitas por hora por agrupamento. A quantidade de inflorescências por agrupamento influenciou positivamente a taxa de visitação dos beija-flores, mas influenciou negativamente a quantidade de frutos produzidos por inflorescência. De acordo com os resultados obtidos, sugerimos que a densidade de inflorescências em um agrupamento possa influenciar negativamente a quantidade de flores visitadas por cada inflorescência, em função de um aumento na quantidade de inflorescências incluídas nas rotas de forrageamento.

Biografia do Autor

Caio César Corrêa Missagia, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Doutorando em Ecologia e Evolução pela UERJ (2015-atual). Mestre em Ecologia pela UFRJ (2012-2014). Licenciado (2006-2009) e Bacharel (2009-2010) em Ciências Biológicas pela UNESA. Tem interesse por estudos de interações animal-planta e ecologia do comportamento animal com ênfase em mutualismos dispersivos.

 

Fábio de Castro Verçoza, Fundação Técnico Educacional Souza Marques

Licenciado e Bacharel em Ciências Biológicas, Mestre em Ciências Biológicas (Botânica, ênfase em Ecologia Vegetal) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Professor dos Cursos de Graduação em Ciências Biológicas e Medicina Veterinária da Universidade Estácio de Sá e do Curso de Ciências Biológicas da Fundação Técnico-Educacional Souza Marques.

 

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Publicado

2015-03-25

Edição

Seção

Comunicações Breves