A teoria da autodeterminação aplicada na análise da motivação e do desempenho acadêmico discente do curso de ciências contábeis de uma instituição pública brasileira
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-8069.2017v14n32p89Resumo
O propósito deste estudo foi analisar as relações entre desempenho acadêmico e motivação dos estudantes do Curso de Ciências Contábeis de uma universidade pública brasileira, com base na Teoria da Autodeterminação. Em termos metodológicos, para alcançar esse objetivo, foram aplicados questionários estruturados nas salas de aula, contendo a versão brasileira da Escala de Motivação Acadêmica (EMA), para uma amostra de 316 estudantes matriculados no segundo ao décimo períodos do referido curso, a qual equivale a 37,2% do total de discentes. Para análise dos dados, foram utilizadas: estatística descritiva, análise fatorial exploratória (AFE) e análise de regressão linear múltipla com mínimos quadrados ordinários (MQO). As análises de regressão indicaram relações significativas entre motivação e desempenho acadêmico. Os fatores relativos à motivação intrínseca e à motivação extrínseca por regulação identificada estão positivamente correlacionados com o coeficiente de rendimento acadêmico (CRA) dos discentes. Já o fator relativo à motivação por regulação extrínseca introjetada está negativamente correlacionado com o desempenho acadêmico. Com base na amostra analisada, os resultados evidenciaram que a relação existente entre motivação e o CRA do aluno depende do tipo de motivação presente em cada universitário.
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