A percepção mortal da testemunha: focalização em A Menina que Roubava Livros, de Markus Zusak

Autores

  • Débora Almeida de Oliveira Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS
  • Sandra Sirangelo Maggio Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-8026.2017v70n1p135

Resumo

Para um melhor entendimento de uma narrativa é essencial que  leitor saiba quem é aquele que percebe (o focalizador). Suas crenças e compreensão determinam quais personagens e circunstâncias devem ser ignoradas ou examinadas de perto através da utilização dos sentidos da visão, audição, tato, paladar ou olfato. Assim sendo, a questão da focalização é algo relevante a ser levado em consideração quando um trabalho literário é analisado. No presente artigo, a obra do autor australiano Markus Zusak, A Menina que Roubava Livros, é discutida sob a ótica da narratologia, especialmente através das vozes de Gérard Genette, Mieke Bal e Rimmon-Kenan. Assevera-se que a focalização em A Menina que Roubava Livros é uma das principais técnicas literárias que ajuda a construir a atmosfera e sentido do texto. 

Biografia do Autor

Débora Almeida de Oliveira, Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS

Doutoranda em Literaturas de Língua Inglesa pelo departamento de Línguas Modernas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS.

 

Sandra Sirangelo Maggio, Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS

Doutora em Literatura Anglo-Americana e professora adjunta no curso de Letras da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Referências

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Publicado

2017-01-27

Edição

Seção

Artigos