O ciborgue entre a bio-arte e a arte disturbatória
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-8026.2017v70n2p29Resumo
A presença do ciborgue na contemporaneidade, como entendido pela bióloga e filósofa Donna Haraway em Antropologia do Ciborgue (2009), traz consigo um conjunto de signos que compõem nosso mundo. Dentre esses signos estão às operações transgênicas que o antropólogo e poeta Luís Quintais critica na obra Uma arte do degelo (2015) por meio do efeito performático da bio-arte. Porém, ao confrontarmos tal efeito com o conceito de arte disturbatória do filósofo Arthur Danto, presente na obra O descredenciamento filosófico da arte (2015), a ética oriunda da bio-arte como proposto por Quintais perde em vitalidade. Contudo, recorremos ao imaginário do escritor Fausto Fawcett na obra Favelost (2012) como forma de dialogar com os teóricos presentes nesta investigação a fim de se abrir perspectivas a novos mundos para o pós-humano.
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