O ciborgue entre a bio-arte e a arte disturbatória

Autores

  • Jean Cardoso Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-8026.2017v70n2p29

Resumo

A presença do ciborgue na contemporaneidade, como entendido pela bióloga e filósofa Donna Haraway em Antropologia do Ciborgue (2009), traz consigo um conjunto de signos que compõem nosso mundo. Dentre esses signos estão às operações transgênicas que o antropólogo e poeta Luís Quintais critica na obra Uma arte do degelo (2015) por meio do efeito performático da bio-arte. Porém, ao confrontarmos tal efeito com o conceito de arte disturbatória do filósofo Arthur Danto, presente na obra O descredenciamento filosófico da arte (2015), a ética oriunda da bio-arte como proposto por Quintais perde em vitalidade. Contudo, recorremos ao imaginário do escritor Fausto Fawcett na obra Favelost (2012) como forma de dialogar com os teóricos presentes nesta investigação a fim de se abrir perspectivas a novos mundos para o pós-humano.

Biografia do Autor

Jean Cardoso, Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais

Graduado em Filosofia pela UFMG em 2001. Especialização em Educação Ambiental em 2007 pela UEMG. Mestrado em Estudos de Linguagens pelo CEFET-MG em 2012 com a dissertação "Consumo e técnica no discurso ambiental: da prótese ao ideal de sustentabilidade". Doutorando em Estudos em Linguagens pelo CEFET-MG com a pesquisa "O trágico na ficção brasileira contemporânea".

Referências

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Publicado

2017-06-05

Edição

Seção

Artigos