Olhando para The Word for World is Forest , de Ursula K. Le Guin, para encontrar maneiras de responder aos dilemas do Antropoceno

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-8026.2021.e75377

Resumo

Em The Word for World is Forest (1972), Ursula K. Le Guin imagina um futuro distópico em que os humanos (Terrans) enfrentam a tarefa de saquear outros planetas para obter o recurso que esgotaram na Terra: a madeira. No planeta Athshe, os Terrans encontram densas florestas e uma pacífica população de humanos, e são rápidos em reproduzir práticas fundadas na lógica dualista que coloca os humanos (cultura) contra a natureza. Essas práticas e representações da terra ressoam com os dilemas do Antropoceno, a "era dos humanos", onde a perda de biodiversidade, mudanças climáticas, desmatamento maciço, entre outras práticas, estão soando um alarme que muitos associam com o fim do mundo como nós o conhecemos. Athsheans, como demonstro neste artigo, criam um movimento de resistência às práticas terráqueas  que não se baseia na violência (embora eles a apliquem a contragosto), mas em se agarrar a uma visão de mundo que é não dualista e baseada em sonhos e que pode servir para nos informar sobre como resistir à lógica que nos levou ao Antropoceno em primeiro lugar.

Biografia do Autor

Melina Pereira Savi, Universidade Federal de Santa Catarina

Pós-doutoranda no programa de Pós-Graduação em Inglês: Estudos Linguísticos e Literário.

Referências

Alaimo, Stacy. “Your Shell on Acid. ”Anthropocene Feminism. Edited by Richard

Grusin, Minnesota UP, 2017, e-book.

Barad, Karen. “Posthuman Performativity: Toward an Understanding of How Matter

Comes to Matter”. Signs: Journal of Women in Culture and Society, vol. 28, no. 3,

, pp. 801-831.

Bernardo, Susan M, and Graham J. Murphy. Ursula K. Le Guin: A Critical Companion.

Greenwood Press, 2006.

Burns, Tony. Political Theory, Science Fiction, and Utopian Literature: Ursula K Le

Guin and The Dispossessed. Lexington Books, 2010.

Chakrabarty, Dipesh. “The Climate of History: Four Theses”. Critical Inquiry, Vol. 35,

No. 2 (Winter 2009), pp. 197-222.

Haraway, Donna J. Staying with the Trouble: Making Kin in the Chthulucene. Duke

UP, 2016.

______. When Species Meet. Minneapolis: University of Minnesota Press, 2008.

______. “Otherwordly conversations, Terran Topics, Local Terms.” Material

Feminisms. Indiana University Press, 2008, pp. 157-187.

Heise, Ursula. “The Hitchhiker’s Guide to Ecocriticism”. PMLA, Vol. 121, No. 2, Mar.,

, pp. 503-516.

Krenak, Ailton. Ideias para Adiar o Fim do Mundo. Companhia das Letras, 2019.

Le Guin, Ursula K. The Word for World is Forest. Tom Doherty Associates, 2010.

______. “A Left-Handed Commencement Address”. Dancing at the Edge of the World:

Thoughts on Words, Women, Places. Grove Press, 1989.

Lindow, Sandra J. Dancing the Tao: Le Guin and Moral Development. Cambridge

Scholars Publishing, 2012.

Murphy, Patrick D. Ecocritical explorations in literary and cultural studies: fences,

boundaries, and fields. Lexington Books, 2009.

Rockström, Johan et al. “Planetary Boundaries: Exploring the Safe Operating

Space for Humanity,” Ecology and Society Vol. 14, No 2: 32, 2009, http://www.

ecologyandsociety.org/vol14/iss2/art32/

Stengers, Isabelle. “Gaia, the Urgency to Think (and Feel).” Os Mil Nomes de Gaia.

Sept. 2014, https://osmilnomesdegaia.files.wordpress.com/2014/11/isabellestengers.

pdf.

Westling, Louise. “Introduction.” The Cambridge Conpanion to Literature and the

Environment. Edited by Louise Westling. Cambridge, 2014.

Zalasiewicz, J. et al. “When did the Anthropocene begin? A mid-twentieth century

boundary level is statigraphically optimal.” Quaternary International xxx (2014),

pp. 1-8.

Publicado

2021-01-28

Edição

Seção

Contextos literários: gênero, identidade e resistência