TY - JOUR AU - Mugnaini, Rogério AU - Igami, Mery Piedad Zamudio AU - Krzyzanowski, Rosaly Favero PY - 2022/01/03 Y2 - 2024/03/28 TI - Acesso aberto e financiamento da pesquisa no Brasil: características e tendências da produção científica JF - Encontros Bibli: revista eletrônica de biblioteconomia e ciência da informação JA - Encontros Bibli VL - 27 IS - 1 SE - Artigos DO - 10.5007/1518-2924.2022.e78818 UR - https://periodicos.ufsc.br/index.php/eb/article/view/78818 SP - 1-26 AB - <p><strong>Objetivo:</strong> este estudo se propõe a analisar a distribuição da produção científica brasileira, considerando seu crescimento e possível relação entre as variáveis indexação, financiamento da pesquisa e modalidades de acesso aberto. Mensura a adesão ao acesso aberto, considerando as bases de indexação, a presença ou ausência de financiamento, e as modalidades e áreas de financiamento de pesquisa pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).</p><p><strong>Método:</strong> o estudo tem caráter exploratório, pautando-se em abordagem cientométrica para análise das variáveis de interesse. Considera a totalidade de artigos originais e de revisão publicados por autores filiados a instituições brasileiras no período de 2009 a 2016. Informações sobre as modalidades de financiamento de artigos resultantes de pesquisa financiada pela Fapesp foram obtidos de sua Biblioteca Virtual (BV Fapesp).</p><p><strong>Resultado:</strong> observou um aumento significativo de artigos em acesso restrito na Web of Science (WoS), além de aumento percentual de artigos sem menção a financiamento. Dentre as modalidades de acesso aberto a via Bronze se destaca no início do período, dando lugar à Dourada; e a SciELO representa quase 50% em acesso aberto, quando não há menção a financiamento, e 20% quando se declara o financiamento. As modalidades de fomento Fapesp revelam relação entre: níveis de bolsa e modalidades de acesso aberto, com maior nível e publicação na WoS, e menor nível na SciELO; auxílios Regular e Biota têm na SciELO maior percentual, enquanto Temáticos, CEPIDs e Jovem Pesquisador na WoS. Finalmente, observou-se que praticamente todas as áreas aumentam o percentual de artigos em acesso restrito no final do período, com destaque para as Humanas.</p><p><strong>Conclusões:</strong> a produção científica brasileira sinaliza que a tendência em direção ao acesso aberto é invertida entre os subperíodos analisados. As iniciativas da Fapesp são percebidas, tendo-se observado tendência favorável à via Dourada, em periódicos Web of Science, enquanto o SciELO reforça tal tendência, tanto na pesquisa financiada pela Fapesp, quanto na produção financiada por outras agências, assim como nas publicações sem menção a financiamento. Diante de tais circunstâncias, os pesquisadores de instituições paulistas credenciados em programas de pós-graduação veem-se obrigados a encontrar um ponto de intersecção, que priorize o fator de impacto, porém muitas vezes tendo que abrir mão do acesso aberto.</p><p> </p> ER -