Limitações para ampliação da cobertura previdenciária no Brasil e no Chile: um estudo sob a ótica da economia política dos sistemas-mundo

Autores

  • Gustavo Fabiano da Costa Membro do GPEPSM - UFSC

DOI:

https://doi.org/10.5007/%25x

Resumo

O propósito deste artigo é analisar as transformações que a política de previdência social sofreu no Brasil e no Chile após meados de 1970, relacionando as com movimentos da economia-mundo que delineiam uma conjuntura em escala mundial com mudanças significativas nos processos de acumulação e de intervenção estatal. No território chileno os investimentos em atividades de produção e comércio líderes do processo de acumulação no pós-guerra já mostravam saturação em meados de 1970, o que, paralelamente ao potencial demonstrado por movimentos sociais em virtude do rápido crescimento da população urbana, influenciou a instauração da ditadura que impôs uma série de medidas impopulares no campo previdenciário entre 1974 e 1981. Como no Brasil os investimentos em atividades de produção e comércio apresentaram recuo significativo somente no início dos anos 1980, a vigência de governos ditatoriais até aquele momento mais produziu do que enfrentou movimentos democráticos no país. Medidas impopulares no campo previdenciário foram tomadas especificamente nos anos de 1998 e 2003, sem ligação com o autoritarismo. Apesar das defasagens temporais das mudanças nos dois países, devidas às diferentes correlações de forças internas entre as classes, o artigo conclui que a política de previdência social passa por transformações no Brasil e no Chile em consonância com a conjuntura da economia-mundo capitalista.

Biografia do Autor

Gustavo Fabiano da Costa, Membro do GPEPSM - UFSC

Graduação em Ciências Econômicas pela UFPR (2003) e mestrado em Economia pela UFSC (2006). Interesse no estudo da política de previdência social como campo de pesquisas, sob o ponto de vista da economia política.

Mais informações: Currículo Lattes - CNPq.

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Publicado

2007-01-01

Edição

Seção

Artigos