Vestida de saudade viva: o sentimento saudoso como tra(d)ição na poesia de Maria Teresa Horta

Autores

  • Durval Muniz Albuquerque Junior UFRN

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7976.2016v23n35p285

Resumo

Esse texto se inscreve no campo dos estudos sobre os usos do passado. Tomando como material de análise a obra da poeta portuguesa Maria

Teresa Horta, notadamente seus livros Cronista não é recado, Minha senhora
de mim, Novas cartas portuguesas e Educação Sentimental, analisa como
ela se utiliza de gêneros narrativos, tanto literários, quanto memorialísticos e
historiográficos considerados tradicionais para realizar uma releitura crítica
da história das mulheres e da escrita sobre e de mulheres em Portugal. Sua
obra redimensiona o uso saudosista de dados topos narrativos e das mitologias
nacionalista e conservadora que sustentaram, ao mesmo tempo, o regime
salazarista e a exclusão social das mulheres. Sua escrita realiza uma traição à
tradição e explicita que, nem sempre, saudade quer dizer regresso. 

Biografia do Autor

Durval Muniz Albuquerque Junior, UFRN

Doutor em História pela Universidade de Campinas (UNICAMP) e atualmente professor
permanente da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN/Natal) e do Programa de
Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Tem experiência
na área de História, com ênfase em Teoria e Filosofia da História, atuando principalmente
nos seguintes temas: gênero, nordeste, masculinidade, identidade, cultura, biografia histórica
e produção de subjetividade.

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Publicado

2016-09-16

Como Citar

Albuquerque Junior, D. M. (2016). Vestida de saudade viva: o sentimento saudoso como tra(d)ição na poesia de Maria Teresa Horta. Esboços: Histórias Em Contextos Globais, 23(35), 285–315. https://doi.org/10.5007/2175-7976.2016v23n35p285