Notas sobre a possibilidade de um trabalho no carrefour epistemológico entre a linguística popular e os estudos do discurso

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-8412.2019v16n4p4285

Resumo

Neste trabalho, fortemente apoiados na tese de Marie-Anne Paveau (2008) de que as abordagens da linguística popular/folk linguistics e das ciências da linguagem em geral são antieliminativas, isto é, as práticas linguísticas dos locutores profanos, os não-linguistas, mesmo aquelas de natureza mais prescritiva, são perfeitamente integráveis às análises linguísticas, propostas pelos linguistas, analisamos discursivamente de maneira não exaustiva um trabalho em linguística popular, que circula no contexto brasileiro no formato dicionário, a saber: o Dicionário Aurélia: a dicionária da língua afiada, publicado em 2006, pela Editora Bispa, de autoria dos jornalistas Vitor Angelo Scippe e Fred Libi.

Biografia do Autor

Roberto Leiser Baronas, Universidade Federal de São Carlos - UFSCAR

Doutor em Linguística e Língua Portuguesa e Professor No Departamento de Letras e no Programa de Pós-Graduação em Linguística da UFSCAR.

Tamires Bonani Conti, Universidade Federal de São Carlos – UFSCar/PG e FAPESP

Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Linguística da UFSCAR e Bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – FAPESP, processo número 2018/05272-1.

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Publicado

2019-12-31

Edição

Seção

Dossiê