A marcação da modalidade deôntica no paresi

Autores

  • Núbia Ferreira Rech Universidade Federal de Santa Catarina
  • Ana Paula Brandão Universidade Federal do Pará

DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-8412.2018v15n1p2816

Resumo

Neste artigo, apresentamos uma descrição e análise da partícula maika em Paresi, uma língua indígena falada por aproximadamente 3000 pessoas no estado do Mato Grosso. Nossa pesquisa teve por base dados retirados de textos ou elaborados por consultores falantes nativos do Paresi. Nosso aporte teórico foi os estudos de Brennan (1993), Hacquard (2006, 2010), Palmer (1986), von Fintel (2006), Pires de Oliveira e Rech (2016) e Rech e Varaschin (2017, no prelo). Constatamos que o Paresi apresenta marcações distintas para as modalidades deôntica e epistêmica. Estas são expressas através de partículas: maika e kala, respectivamente. Nossa análise, ainda em etapa inicial, sinaliza que maika corresponde a uma partícula indicadora de modalidade deôntica do tipo ought-to-be, quando ocorre com segunda pessoa; e ought-to-do, quando ocorre com terceira pessoa.

Biografia do Autor

Núbia Ferreira Rech, Universidade Federal de Santa Catarina

Professora da Pos graduacao em Linguistica e do Departamento de Língua e Literatura Vernáculas da Universidade Federal de Santa Catarina e líder do grupo de pesquisa Teoria da Gramática e o Português Brasileiro. Tem experiência na área de Linguística, com ênfase em Teoria e Análise Linguística, investigando principalmente os seguintes temas: aspecto e modalidade.

Ana Paula Brandão, Universidade Federal do Pará

Professora do Instituto de Letras e Comunicacão da Universidade Federal do Pará. Lider do Grupo de Pesquisa Documentacão e Descricão de Línguas Indígenas (DODELIN).

Publicado

2018-04-09

Edição

Seção

Artigo