“Pode pará” – Verbo Modal nas Sentenças Imperativas do Português Brasileiro: uma análise semântico-pragmática
DOI:
https://doi.org/10.5007/1984-8412.2018v15n4p3321Resumo
Neste trabalho, procuraremos sugerir uma interpretação semântico-pragmática para as Sentenças Imperativas (Imp) no Português Brasileiro (PB) que se utilizam do verbo modal/operador modal “pode/poder”, ao contrário de outras interpretações que se constatam na literatura especializada, as quais sejam: interpretações sintáticas das Imp ou de uma semântica de base funcionalista. Aqui, ao contrário, procuraremos sugerir interpretações das Imp, tendo como fundamentação teórica as teorias Pragmáticas de Atos de Fala e um modelo bastante simplificado de Semântica Formal. A razão e o estímulo para tal trabalho surgem da leitura de Jary e Kissine (2014), obra que justamente procura interpretações semânticas e pragmáticas para as Imp. Assim, das diversas propostas teóricas apresentadas por aqueles autores, tomamos como pressuposto justamente a Semântica denotacional verifuncional e a Pragmática de Atos de Fala para procurar mostrar uma possibilidade de interpretação das Imp em PB.
Referências
AUWERTA, J. van der et al. The morphological imperative. In: DRYER, M. S; HASPELMATH, M. (Ed.). The World Atlas of Language Structures Online. Leipzig: Max Planck Institute for Evolutionary Anthropology, 2013. Disponível em: . Acesso em: 03 mar. 2017.
BASSO, R. M.; OLIVEIRA, R. P. de. Arquitetura da conversação: teoria das implicaturas. São Paulo: Parábola, 2014.
BASSO, R. M.; OLIVEIRA, R. P. A Semântica, a pragmática e os seus mistérios. Revista Virtual de Estudos da Linguagem – ReVEL, v. 5, n. 8, p. 1-30, mar. 2007. Disponível em: <>. Acesso em: .
BORGES NETO, José. Semântica de Modelos. In: MÜLLER, Ana; NEGRÃO Esmeralda V.; FOLTRAN, Maria José (Org.). Semântica Formal. São Paulo: Contexto, 2003. p. 9-44.
BRUNELLI, A. F.; BASTOS, S. D. G. O Comportamento do verbo modal “poder” no discurso de autoajuda: uma investigação no português e no espanhol. Estudos linguísticos, São Paulo, v. 40, n. 1, p. 60-70, jan.-abr. 2011. Disponível em: <>. Acesso em: .
CHIERCHIA, G. Semântica. Campinas: Editora da Unicamp, 2008.
CONDORAVDI, C.; LAUER, S. Imperatives: meaning and illocutionary force. In: PIÑÓN, C. (Org.). Empirical Issues in Syntax and Semantics. Stanford University, 2012.
FAVARO, G. Análise das formas verbais imperativas no português arcaico. Estudos linguísticos, São Paulo, v. 44, n. 1, p. 245-254, jan./-abr. 2015. Disponível em: <>. Acesso em: .
ILARI, R.; BASSO, R. M.. “O Verbo”. In: ILARI, R.; NEVES, M. H. M. (Org.). Gramática do português culto falado no Brasil II – classes de palavras e processos de construção. Campinas: Ed. da Unicamp, 2008.
JARY, M.; KISSINE, M. Imperatives. Cambridge University Press: 2014.
LEVINSON, S. Pragmática. São Paulo: Martins Fontes, 2007. [1981].
NEVES, M. H. de M. Modalidade. In: KOCH, I. V. Gramática do português falado. v. VI: desenvolvimentos. Campinas: Ed. da Unicamp, 2002. p.
PORTNER, P. The Semantics of Imperatives within a Theory of Clause Types. In: YOUNG, R. (Ed). SALT XIV. p. 235-252, Ithaca, NY: Cornell University.
RESENDE, M. S. A sintaxe dos verbos modais. Um panorama de abordagens. Letras & Ideias, João Pessoa, v. 1, n. 1, p. , 2006. Disponível em: <>. Acesso em: .
SCHERRE, M. M. P. Reflexões sobre o imperativo em Português. Delta, São Paulo, v. 23, n. spe, p. 193-241, 2007. Disponível em: <>. Acesso em: .
SEARLE, J. R. Os Actos de Fala. Coimbra: Almedina, 1981 [1975].
SILVA, Elias André da. O comportamento do verbo “poder” no Português do Brasil. 2012. XXX f. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2012.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Os trabalhos publicados passam a ser de direito da Revista Fórum Linguístico, ficando sua reimpressão, total ou parcial, sujeita à autorização expressa da Comissão Editorial da revista. Deve ser consignada a fonte de publicação original.
Esta publicação está regida por uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.