A perda do efeito V2 na história do espanhol europeu

Autores

  • Carlos Felipe Pinto Universidade Federal da Bahia

DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-8412.2019v16n1p3513

Resumo

Diversos trabalhos em diversas perspectivas teóricas indicaram que a ordem de constituintes do espanhol antigo era diferente da ordem do espanhol atual, o que levou os pesquisadores, no quadro da gramática gerativa, a considerarem o espanhol antigo uma gramática V2. Neste artigo, proponho uma discussão sobre como a mudança gramatical de uma gramática V2 para uma gramática não V2 acontece na história do espanhol, considerando os pressupostos dos estudos diacrônicos no quadro gerativista que consideram a aquisição da linguagem o lugar central da mudança linguística.

Biografia do Autor

Carlos Felipe Pinto, Universidade Federal da Bahia

Doutor em Linguística pela UNICAMP. Professor Adjunto de Língua Espanhola. Docente Permanente do Programa de Pós-Graduação em Língua e Cultura.

Referências

ADAMS, M. Old French, null subjects and verb second phenomena. 1987a. Ph.D. Dissertation, University of California, 1987a.

ADAMS, M. From old french to the theory of pro-drop. Natural Language & Linguistic Theory, v. 5, n. 1, p. 1-32, 1987b.

ANTONELLI, A. Sintaxe de posição do verbo e mudança gramatical na história do português europeu. 2011. Tese (Doutorado em Linguística) – Programa de Pós-Graduação em Linguística, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2011.

BENINCÀ, P. A detailed map of the left periphery of medieval romance. In: ZANUTTINI, R. et al. (org.). Negation, tense and clausal architecture: cross-linguistics investigations. Washington: Georgetown University Press, 2006. p. 53-86.

BENINCÀ, P. Complement clitics in medieval romance: the tobler-mussafia law. In: BATTYE, A.; ROBERTS, I. (org.). Clause structure and language change. New York/Oxford: OUP, 1995. p. 325-344.

CANO AGUILAR, R. El español a través de los tiempos. Madrid: Arco/Libros, 1997.

CARRETER, F. L.; TUSÓN, V. Principales Etapas en la formación del español. In:______. Lengua española. 2 ed. Salamanca: Anaya, 1995. p.71-76.

CHO, E. La topicalización y sus restricciones sintácticas en la Primera Crónica General de España de Alfonso X. 1997. Tesis Doctoral, Universidad Autónoma de Madrid, 1997.

CHOMSKY, N. Knowledge of language: Its nature, origin and use. New York: Praeger, 1986.

CINQUE, G. Bare quantifiers, quantified NPs, and the notion of operator at S-structure. In:______. Italian syntax and Universal Grammar. New York: CUP, 1995. p. 104-120.

EBERENZ, R. Castellano antiguo y español moderno: reflexiones sobre la periodización en la historia de la lengua española. Revista de Filologia Española, n. LXXI, p. 79-106, 1991.

FERNÁNDEZ-ORDÓÑEZ, I. Orden de palabras, tópicos y focos en la prosa alfonsí. Alcanate, v. VI, p. 139-172, 2008-2009.

FLORES, M.; MELIS, C. Periodización del español. Evidencia para una tercera etapa evolutiva. Études Romanes de BRNO, v. 36, p. 11-28, 2015.

FONTANA, J. M. Phrase structure and the Syntax of clitics in the history of Spanish. 1993. Ph.D Dissertation, University of Pennsylvania, 1993.

HERNANZ, M. L.; BRUCART, J. M. La sintaxis. Princípios teóricos. La oración simple. Barcelona: Crítica, 1987.

HINTERHÖLZL, R.; PETROVA, S. From V1 to V2 in West Germanic. Lingua, v. 120, issue 2, p. 315-328, 2010.

KROCH, A. Syntactic change. In: BALTIN, M.; COLLINS, C. (org.). The handbook of contemporary syntactic theory. Oxford: Blackwell, 2001. p. 699-730.

KROCH, A. Reflexes of grammar in patterns of language change. Language Variation and Change, v. 1, p. 199-244, 1989.

KAYSER, G. A ordem das palavras e a posição do verbo finito no português antigo. In: CONGRESSO INTERNACIONAL ORGANIZADO POR MOTIVO DOS VINTE ANOS DO PORTUGUÊS NO ENSINO SUPERIOR. 1999. Budapeste. Actas. Budapeste: Departamento de Língua e Literatura Portuguesas da Faculdade de Letras da Universidade Etövös Loránd, 1999. p. 248-259.

LAPESA, R. Historia de la lengua española. 9. ed. Madrid: Gredos, 1981.

LIGHTFOOT, D. How new languages emerge. Cambridge: CUP, 2006.

LIGHTFOOT, D. Cue-based acquisition and change in grammars. In:______. The development of language, acquisition, change and evolution. Oxford: Blackwell, 1998. p. 144-177.

LIGHTFOOT, D. Why UG needs a learning theory: triggering verb movement. In: BATTYE, Adrian; ROBERTS, Ian (Orgs.). Clause structure and language change. New York/Oxford: OUP, 1995. p. 31-52.

LIGHTFOOT, D. Uma ciência da história?. D.E.L.T.A., v. 9, n. 2, p. 275-294, 1993.

LIGHTFOOT, D. How to set parameters: arguments from language change. Cambridge/Massachucetts: The MIT Press, 1991.

LIGHTFOOT, D. Principles of diachronic syntax. Cambridge: Cambridge University Press, 1979.

MARCUSCHI, L. A.. Da fala para a escrita: atividade de retextualização. São Paulo: Cortez, 2000.

MATTOS E SILVA, R. V.. Caminhos da linguística histórica: ouvir o inaudível. São Paulo: Parábola, 2008.

MENSCHING, G.. Old romance word order: a comparative minimalist analysis. In: GALVES, Charlotte et al. (org.). Parameter theory and linguistic change. Oxford: OUP, 2012. p.21-42.

MEYER-HERMANN, R.. ¿Se debe la posposición del sujeto en el español a una influencia árabe?. Revista de Filologia Española, v. LXVIII, p. 67-96, 1988.

PAIXÃO DE SOUSA, M. C. Lingüística histórica. In: PFEIFFER, C.; NUNES, J. H. (org.). Linguagem, história e conhecimento. Campinas: Pontes, 2006. p. 11-48.

PAIXÃO DE SOUSA, M. C. Língua barroca: sintaxe e história no português nos anos 1600. 2004. Tese (Doutorado em Linguística) – Programa de Pós-Graduação em Linguística, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2004.

PINTO, Carlos Felipe. Variação na ordem O-V no espanhol antigo: evidências de um processo de competição de gramáticas a partir do contato entre línguas. In: CARVALHO, Danniel; SOUSA, Lilian Teixeira de (Org.). Gramática Gerativa em perspectiva. São Paulo: Blucher, 2018. p. 133-158.

PINTO, Carlos Felipe. Força ilocucionária, CP cindido e efeito V2. In: MARTINS, M. Aarco Antoni. o et al. (oOrg.). Estudos linguisticos: textos selecionados/ABRALIN 2013. João Pessoa: Ideia, 2016. p. 206-224.

PINTO, Carlos Felipe. Algunas observaciones sobre el efecto V2 en el español antiguo. In: LÓPEZ IZQUIERDO, M.; CASTILLO LLUCH, M. (Org.). El orden de palabras en la historia del español y otras lenguas iberorromances. Madrid: Visor Libros, 2015. p. 49-82.

PINTO, Carlos Felipe. Ordem de palavras, movimento do verbo e efeito V2 na história do espanhol. 2011. Tese (Doutorado em Linguística) – Programa de Pós-Graduação em Linguística, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2011.

PINTO, Carlos Felipe. Uma análise das construções de clivagem e outras construções focalizadoras no espanhol atual. 2008. Dissertação (Mestrado em Letras – Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística), Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2008.

PINTO, C. F.; ANTONELLI, A. O efeito V2 na história do espanhol e do português. Filologia e Linguística Portuguesa, v. 16, p. 163-197, 2014.

RINKE, E. Verb placement in Old Portuguese. In: DUFTER, A.; JACOBS, D. (org.). Focus and background in Romance languages. Amsterdam: John Benjamins, 2009. p. 309-332.

RIVERO, M. L. Clitic and NP Climbing in Old Spanish. In: CAMPOS, H.; MARTINEZ-GIL, F. (org.). Current studies in spanish linguistics. Washington: Georgetown Uni¬versity Press, 1992. p. 241-282.

RIZZI, L. The fine structure of the left periphery. In: HAEGEMAN, L. (org.). Elements of grammar. Dordrecht: Kluwer, 1997. p. 281-337.

ROBERTS, I. The C-Systen in brythonic celtic languages, V2 and the EPP. In: RIZZI, L. (org.). The Structure of CP and IP. The cartography of syntactic structures. v. 2. Oxford: OUP, 2004. p. 297-328.

ROBERTS, I.; ROUSSOU, A. Syntactic change: a minimalist approach to grammaticalization. Cambridge: Cambridge University Press, 2003.

RUAS, S. Aquisição da ordem de palavras do espanhol mexicano como L2 por falantes adultos brasileiros. 2017. Tese (Doutorado em Linguística) – Programa de Pós-Graduação em Linguística, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2017.

SALVI, G. The two sentence structures of early Romance. In: CINQUE, G.; SALVI, G. (org.). Current Studies in Italian syntax. Amsterdam: Elsevier, 2001. p. 297-312.

SITARIDOU, I. Against V2 in Old Spanish. In: El orden de palabras en las lenguas iberorrománicas medievales, 2016, Girona. Conferências. Disponível em: http://habilis.udg.edu/~lidiagc/OrdenDePalabras/OrdenDePalabras/organizacion.htm.

Acesso em: 21 jan. 2018.

TARALDSEN, Knut. On verb second and the functional content of syntactic categories. In: HAIDER, Hubert; PRINZHORN, Martin (org.). Verb second phenomena in Germanic languages. Dordrecht: Foris, 1986. p. 7-25.

TUTEN, D. Koineization in Medieval Spanish. Berlin/New York: Mouton de Gruyter, 2003.

VIKNER, S. Verb movement and expletive subjects in the Germanic languages. Oxford: Oxford University Press, 1995.

WEINREICH, U.; LABOV, W. ; HERZOG, M. Empirical foundations for a theory of language change. In: LEHMANN, W. P.; MALKIEL, Y. (org.). Directions for Historical Linguistics: a symposium. Austin: University of Texas Press, 1968. p. 95-195.

ZUBIZARRETA, M. L. Prosody, focus, and word order. Cambridge/Massachucetts: The MIT Press, 1998.

Downloads

Publicado

2019-04-22