Emily Dickinson: from presentiment to the privilege of after-knowledge
DOI:
https://doi.org/10.5007/fragmentos.v34i0.8846Resumo
Através da análise textual de “Presentiment - is that long Shadow - on the Lawn - ” (J764) e “The Heart asks Pleasure - first - ” (J536), de Emily Dickinson, este artigo argumenta que, apesar de ambos os poemas terem sido escritos quando Dickinson tinha cerca de vinte e cinco anos, e portanto estarem próximos em relação à época da composição, ambos parecem estar separados por décadas de experiência: “The Heart” apresenta a visão de um eu poético que viveu intensamente, falando com a certeza ou conhecimento de alguém já próximo da morte, enquanto que o eu poético de “Presentiment” mostra seu conhecimento prévio da aproximação da escuridão como metaforização da morte através de sua percepção de que o mesmo processo acontece na natureza, experiência esta que ele parece estar tendo pela primeira vez mas que lhe dá a mesma plenitude de conhecimento e sentimento que o primeiro eu poético possui. Este paradoxal hiato temporal entre conhecimento anterior e ulterior projetado nas posturas de ambas as personae será discutido e problematizado através da análise que Todorov faz da oposição apresentada por Novalis entre dois tipos de homens – os heróis e os poetas – que concretizam duas maneiras de alcançar o conhecimento da história do ser humano: o caminho da experiência e o caminho da contemplação interior.
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