O módulo internacional como ação estratégica de internacionalização de um programa de mestrado em Administração

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/1983-4535.2019v12n2p206

Resumo

A internacionalização das Instituições de Educação Superior (IES) brasileiras é um dos focos de atenção dos gestores universitários e das agências reguladoras, à exemplo da CAPES, responsável pela avaliação dos programas de pós-graduação stricto sensu no Brasil. A internacionalização das IES pode assumir diversas facetas e neste artigo analisamos especificamente a implementação de um módulo internacional em um curso de mestrado profissional de uma universidade brasileira. Os resultados deste estudo de caso único, evidenciam a importância deste programa na internacionalização da universidade brasileira e da parceira de acolhimento norte-americana. Indicam também, que o módulo internacional está alinhado aos objetivos estratégicos de internacionalização. Ademais, ficam manifestos os efeitos positivos para os estudantes no que concerne o compartilhamento de experiências, imersão intercultural e aprendizado de perspectivas internacionais e de alto-nível no tema de estudo. Este estudo contribui especialmente para o entendimento de como a incorporação de módulos internacionais pode ser uma ação viável e relevante na internacionalização das IES brasileiras, com potenciais implicações positivas na avalição promovida pela CAPES.

Biografia do Autor

Ana Claudia Belfort, Universidade Nove de Julho

Doutoranda em Administração pelo Programa de Mestrado e Doutorado em Administração da Universidade Nove de Julho (Linha: Estratégia). Mestre em Gestão de Projetos formada pelo Programa de Mestrado Profissional em Administração - Gestão de Projetos da Universidade Nove de Julho. Administradora de Empresas formada pela Universidade Anhembi-Morumbi.

Gislaine Cristina dos Santos Teixeira, Fundação Getúlio Vargas Universidade Nove de Julho

Doutoranda em Administração de Empresas na FGV-EAESP (Linha: Estratégia Empresarial), Doutoranda em Administração pelo Programa de Mestrado e Doutorado em Administração da Universidade Nove de Julho (Linha: Estratégia), Mestre em Gestão de Projetos pela Universidade Nove de Julho, Especialista em Gestão de Negócios pela FGV- EAESP e Pedagoga formada pela Universidade de São Paulo.

Emerson Antonio Maccari, Universidade Nove de Julho

Livre Docente em Administração pela Universidade de São Paulo - USP (2015). Doutor em Administração pela USP (2008) com Estágio Doutoral na University of Massachusetts Amherst - USA. Mestre em Administração pela Universidade Regional de Blumenau - FURB (2002). Graduado em Administração (2000) e em Ciências da Computação (1996) pela FURB. Especialista em Tecnologia da Informação aplicada à Gestão de Negócios pela FURB/INPG (1999). Pesquisador Bolsista de Produtividade (PQ2/CNPq).

Manuel Anibal Silva Portugal Vasconcelos Ferreira, Universidade Nove de Julho

Professor e pesquisador nas áreas de estratégia e gestão internacional. Professor na Universidade Nove de Julho, no Programa de Mestrado e Doutorado em Administração, São Paulo, Brasil. Pós-doutorado na FEA/USP. Doutorado em Business Administration pela David Eccles School of Business da Universidade de Utah, EUA, (equivalência pela U. de Coimbra, Portugal e validação pela FEA/USP, Brasil) (Fulbright Scholar), MBA e Mestrado pela Universidade Católica Portuguesa (Lisboa) e Licenciado em Economia pela Universidade de Coimbra.

Cristina Dai Prá Martens, Universidade Nove de Julho

Doutorado em Administração, na área de Sistemas de Informação e de Apoio à Decisão, pelo PPGA/EA/UFRGS (2009), com tese sobre Orientação Empreendedora; Pós-doutorado no CERAG/UPMF-Université Pierre Mendès-France (Grenoble-França - 2010), na área de Empreendedorismo e Estratégia. Possui Mestrado em Administração, com ênfase em Sistemas de Informação e de Apoio à Decisão, pelo PPGA/EA/UFRGS e Centro Universitário UNIVATES (2001); Especialização em Gestão Universitária, pelo Centro Universitário UNIVATES (2006); Graduação em Administração pela UPF-Universidade de Passo Fundo (1994); Formação em Dinâmica de Grupos pela SBDG (2004).

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2019-05-02

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Artigos