“Todo radialista é ouvinte”: considerações sobre os papéis desempenhados no universo radiofônico
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-8034.2008v10n2p133Resumo
Em geral, há uma tendência nos estudos sobre rádio em interpretar a categoria ouvinte como oposta a radialista. Outro pressuposto é o de que, em uma relação de poder construída, o radialista se sobrepõe ao ouvinte, já que o primeiro decide quem, o que e quando uma fala vai ao ar. Por fim, há uma inclinação a tratar os papéis de radialista e de ouvinte como invariáveis. Tendo por base uma pesquisa etnográfica realizada em Ilhéus (Sul da Bahia) junto a emissoras de rádio ao longo de um ano, este trabalho pretende colocar em questão tais perspectivas, defendendo que os papéis sociais desempenhados na interlocução entre radialistas em atividade e ouvintes podem se alternar conforme a utilização de determinados códigos particulares a cada uma dessas posições por ambos. Pretende, ainda, estimular reflexões sobre o papel desempenhado pelo antropólogo nesse cenário.
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