Fitossociologia e modelo de distribuição de espécie em área de mata atlântica degradada por mineração em Joinville
Resumo
Este estudo foi realizado para obter dados fitossociológicos que orientassem a recuperação da vegetação em uma área de mata atlântica sobre o Morro do Timbé (Joinville, SC), degradada por mineração de seixo e argila durante 20 anos. O método utilizado foi o ponto quadrante, num total de 90 unidades amostrais com intervalo de 10 m entre si. Foram obtidos dados de freqüência, densidade e dominância (absoluta e relativa), valor de importância, valor de cobertura e índice de diversidade de Shannon & Wiener. As famílias consideradas mais importantes foram: Myrtaceae, Euphorbiaceae, Lauraceae, Moraceae, Bignoniaceae e Melastomataceae. As espécies mais expressivas e indicadas para a recuperação da área foram Alchornea triplinervia (Sprengel) Müll. Arg., Calyptranthes luGida Martius ex De., Casearia oblíqua Sprengel, Cecropia pachystachya Tréc., Marlíerea eugeniopsoides (Legrand & Kausel) Legrand, Miconia Ginnamomifolia (De.) Naudin, Ocotea acutifolía (Nees) Mez, Ocotea odorífera (Vellozo) Rohwer, Sloanea sp.l, Tabebuia cassinoides (Lam.) DC. e Tapirira guianensis Aublet. O índice de diversidade de Shannon & Wiener foi de H' = 3,72. A estimativa da riqueza de espécies foi calculada pelo método "Jackknife", pela série logarítmica e distribuição lognormal, que foram utilizadas ainda como modelos de distribuição de espécies. O melhor ajuste encontrado foi com a distribuição lognormal, que evidenciou uma irregularidade na distribuição das espécies proveniente do padrão estrutural da comunidade, que pode ser conseqüência da atividade mineradora.Downloads
Publicado
2000-01-01
Edição
Seção
Artigos
Licença
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