Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais - DSM-5, estatísticas e ciências humanas: inflexões sobre normalizações e normatizações

Autores

  • Tito Sena Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianópolis, SC

DOI:

https://doi.org/10.5007/1807-1384.2014v11n2p96

Resumo

http://dx.doi.org/10.5007/1807-1384.2014v11n2p96

A edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais - DSM-5, em 2013, mantém acesa a polêmica sobre diagnósticos psiquiátricos. O campo da psiquiatria, historicamente em disputa com a psicologia e a psicanálise (quanto à forma de avaliação e terapêutica), continua a sustentar uma prática enquadradora classificatória (taxionômica), fundamentada em características e critérios diagnósticos de perturbações ou transtornos verificados, em sua maioria, empiricamente. O uso das ferramentas estatísticas nas ciências humanas é questionável, e o que se pretende neste artigo é apontar o disfarce de critérios quantitativos em critérios qualitativos e, por extensão, da prática discursiva comum de confundir descrições com apreciações, estas últimas com julgamentos valorativos e normativos. Fecha-se um círculo: as frequências (estatísticas) definem as normalidades (axiológicas) e estas se sustentam nas freqüências. Neste âmbito, as elaborações de Canguilhem, Ewald, Foucault e Goffman foram imprescindíveis para a articulação das argumentações teóricas críticas.

Biografia do Autor

Tito Sena, Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianópolis, SC

Doutor em Ciências Humanas pela UFSC (2007), Mestre em Psicologia (UFSC-2001), Psicólogo (UFSC-1994), Especialista em Educação Sexual(UDESC-1998). Professor Efetivo da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), onde leciona desde 2001 para cursos de graduação do Centro de Ciências Humanas e da Educação. Faz parte do Departamento de Ciências Humanas e integra a equipe de pesquisadores do Laboratório de Relações de Gênero e Família (LABGEF) e Núcleo de Estudos da Sexualidade (NES) da UDESC. Docente do PPGInfo, Programa de Pós-Graduação em Gestão da Informação da UDESC. Trabalha  também em atendimentos psicoterapêuticos com adultos.

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Publicado

01.12.2014

Edição

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Artigos