Da citação do trágico. Notas sobre tradição e intransmissibilidade

Autores

  • Vanessa Cunha Prado D'Afonseca Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC

DOI:

https://doi.org/10.5007/1807-1384.2015v12n1p321

Resumo

Se não há dúvida de que a tradição do teatro antigo nos legou algo de sua experiência, a ponto de nomearmos tragédias algumas obras de Shakespeare e Goethe e entendermos como trágicos também alguns momentos do cinema de Pasolini e Bergman, como é possível falar em morte da tragédia, em rompimento da mola trágica? Ao mesmo tempo, como é possível que um mundo sem deuses, com uma compreensão da ação que a concebe guiada por uma faculdade interior que nem existia para o grego do século V a.c: a vontade, comporte ainda lugar para que, nele, algo se denomine tragédia? A solução a essas perguntas depende da compreensão de história que orienta o pesquisador, pensador ou colecionador que as formula. Tal diferença ficará muito clara se tomarmos como opostos o conceito de transistoricidade – característico da resposta de Vernant e Naquet a essas mesmas perguntas – e a noção de intransmissibilidade, indicada no uso das citações por Hannah Arendt. 

Biografia do Autor

Vanessa Cunha Prado D'Afonseca, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC

Mestre em Educação pela Universidade Federal de Santa Catarina. Pesquisadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas Educação e Sociedade Contemporânea na Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brasil. 

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Publicado

13.07.2015

Edição

Seção

Ensaios