A ética ecofeminista de Karen J. Warren: um modelo de ética ambiental genuína?

Autores

  • Daniela Rosendo Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC
  • Tânia Aparecida Kuhnen Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC

DOI:

https://doi.org/10.5007/1807-1384.2015v12n1p16

Resumo

Karen J. Warren apresenta uma proposta ética ecofeminista, segundo a qual os contextos precisam ler levados em consideração na análise de situações e problemas morais, rejeitando-se o monismo ético das correntes principais de ética animal. O objetivo deste artigo é mostrar, à luz da noção de vulnerabilidade, critério de considerabilidade moral proposto por Paul Taylor, que a ética sensível ao cuidado de Warren pode não ser considerada uma ética ambiental genuína, à medida que se aproxima do biorregionalismo de Gary Snyder e não esclarece de que forma a consideração moral é atribuída aos animais individualmente. Quanto ao relativismo, segundo os critérios de James Rachels e Peter Singer, a proposta de Warren parece não cumprir com os requisitos de uma ética imparcial e geral, e pode incorrer nos problemas do relativismo, uma vez que a concepção de cuidado da autora é limitada.

 

Biografia do Autor

Daniela Rosendo, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC

Doutoranda e Mestre em Filosofia, área de ética e filosofia política, pela Universidade Federal de Santa Catarina. Bacharel em Direito pela Universidade da Região de Joinville. Professora da Associação Catarinense de Ensino e membro do Comitê Latino Americano e do Caribe para Defesa dos Direitos da Mulher.

Tânia Aparecida Kuhnen, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC

Doutora em Filosofia pela Universidade Federal de Santa Catarina. Realizou estágio de pesquisa na Humboldt Universität zu Berlin.

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Publicado

07.07.2015

Edição

Seção

Dossiê: Animais não humanos: um olhar contemporâneo. Orgs: Drs. Javier Vernal, Letícia Albuquerque e Fernanda Medeiros