Michel Foucault e a genealogia como crítica do presente

Autores

  • Selvino José Assmann
  • Nei Antonio Nunes

Resumo

O presente artigo procura analisar a crítica à Modernidade expressa na genealogia foucaultiana. Nesse intento discutimos a “re-leitura” que Foucault faz do artigo kantiano sobre a Aufklärung e, mesmo que de maneira introdutória, do dandismo de Baudelaire. Para tanto, enfatizamos preliminarmente a “analítica da verdade” e a contextualização, feita pelo pensador francês, do papel social do intelectual à luz das grandes transformações dos saberes e das práticas de poder nas últimas décadas. Por fim, sugerimos que ao problematizar a Aufklärung e, assim, inquirir os excessos da racionalidade moderna, Foucault como genealogista procura reavaliar o campo de possibilidades das práticas de liberdade, sustentando o exercício da crítica como êthos filosófico, necessário na redefinição das“governabilidades” e dos compromissos ético-políticos assumidos pelos sujeitos nos mais diferentes espaços sociais.

Biografia do Autor

Nei Antonio Nunes

Bacharel em Filosofia (UFSC), Mestre em Educação (UFSC), Professor de Filosofia Política e Ética na UNISUL e pesquisador do Instituto SARAPIQUÁ–IPPSEA.

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Publicado

25.04.2007

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Artigos