A “redescoberta” do maior mercado de escravos do Brasil: modos de usar

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DOI:

https://doi.org/10.5007/1807-1384.2016v13n1p38

Resumo

Em janeiro de 2011, em um expressivo achado arqueológico na zona portuária da cidade do Rio de Janeiro, foram encontradas as pedras do cais por onde desembarcaram centenas de milhares de escravos africanos a serem vendidos no antigo mercado do Valongo, tido como o maior do gênero no Brasil nos séculos XVIII e XIX. Soterrado e “esquecido” no tecido urbano carioca por quase dois séculos, o Valongo se transforma, em 2012 (agora como monumento), em ponto de um Circuito Histórico e Arqueológico da Celebração da Herança Africana, no contexto de uma ampla reforma urbanística da área portuária, o Projeto Porto Maravilha. Este ensaio é um convite à reflexão sobre a restauração (o velho transformado em novo) de um espaço urbano associado ao passado escravista brasileiro. Questiona a respeito de como e por quem a história do país foi e é configurada - seus modos de usar.

Biografia do Autor

Rogério Pacheco Jordão, Pontifícia Universidade Católica, Rio de Janeiro, RJ

Doutor em Letras, Literatura, Cultura e Contemporaneidade pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ.

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Publicado

01.04.2016

Edição

Seção

Artigos - Condição Humana e Saúde na Modernidade