Do homem tipográfico ao homem pixel – um estudo de caso do momento em que jornalistas de impresso se reconhecem como profissionais multimídia

Autores

  • Naiana Rodrigues da Silva Universidade Federal do Ceará

DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-6924.2012v9n2p522

Resumo

 

O presente artigo apresenta alguns resultados de pesquisa de pós-graduação em nível de mestrado, concluída no ano de 2011. A investigação que deu corpo à dissertação buscou compreender a construção da identidade dos jornalistas de impresso, do jornal cearense Diário do Nordeste, em virtude da introdução de novas tecnologias móveis na rotina profissional. Especificamente, analisamos como o uso de um celular para gravação de vídeos digitais, pelos repórteres do impresso, veiculados no portal do periódico de 2008 a 2010, abalou as competências cognitivas desses profissionais (GUERRA, 2008), necessárias ao exercício diário do jornalismo, e a própria identidade destes sujeitos. (HALL, 2008, 2006 e 2000). Para tal, entrevistamos 19 profissionais e realizamos uma observação empírica do cotidiano na redação. Neste artigo, destacamos como os jornalistas do Diário, submetidos à nova função de elaborar registros audiovisuais, viram-se envoltos em uma cultura híbrida, entre a lógica cultural do impresso e a lógica cultural do digital (SANTAELLA, 2007), a ponto de se reconhecerem como jornalistas multimídia e definirem, com base em sua vivência prática, as características que compõem esse novo perfil de profissional.

Biografia do Autor

Naiana Rodrigues da Silva, Universidade Federal do Ceará

Mestre em Comunicação Social pela UFC, professora substituta do curso de Jornalismo da UFC, professora do curso de Jornalismo da Faculdades Nordeste (Fanor) e repórter do jornal Diário do Nordeste.

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Publicado

2012-05-03