Reforma psiquiátrica e a dependência brasileira: entre o arcaico e o moderno

Autores

Resumo

No presente estudo, foram realizadas algumas aproximações da Política de Saúde Mental, como pressuposto da Reforma Psiquiátrica Brasileira (RPB), à luz da Teoria Marxista da Dependência (TMD), com o objetivo de analisar as implicações assistências e epidemiológicas desse movimento atrelado à totalidade do processo de acumulação capitalista. Com este intuito, foi abordado do ponto de vista histórico-descritivo os dados de saúde mental na cidade de São Paulo entre 2008-2017, promovendo uma análise qualitativa por meio do materialismo histórico-dialético. Demonstrou-se que a RPB é incompleta e hibridiza com diferentes perspectivas de saúde, o que foi constatado pela permanência de características asilares (o arcaico) em conjunto com serviços de caráter substitutivo (o moderno). Dessa maneira, a contradição entre dependência e a constituição de uma política social em uma das principais cidades da periferia da economia mundial.

Biografia do Autor

Daniel Figueiredo de Almeida Alves, Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP)

Médico Generalista formado na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

Áquilas Mendes, Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP-USP) e Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)

Professor no Departamento de Política, Gestão e Saúde (FSP-USP) e do Programa de Pós-graduação em Economia Politica (PUC-SP)

Leonardo Carnut, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)

Professor no Centro de Desenvolvimento do Ensino Superior em Saúde (Unifesp)

Oziris Simões, Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP)

Professor no Deparmento de Saúde Coletiva (FCMSCSP)

Referências

This study carried out analysis of the Mental Health Policy, as part of the Brazilian Psychiatric Reform (BPR), based on the

Marxist Dependence Theory (MDT). The objective is to understand the implications of BPR – related to the totality of the capitalist

accumulation process – regarding services and epidemiology. A historical-descriptive perspective was adopted to approach the data on

mental health in the city of São Paulo between 2008 and 2017, promoting a qualitative analysis through historical and dialectical

materialism. The analysis demonstrates that the BPR is incomplete and hybridizes with different perspectives on health, which was

verified by the permanence of asylum characteristics (the archaic) together with substitutive services (the modern). The study explains

the contradiction between dependence and the constitution of social policy in a large city of a developing country.

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Publicado

2020-02-13