Problemas de realismo e teoricismo na pesquisa social e no Serviço Social

Autores

  • Estela Grassi UBA - Buenos Aires - Agentina

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1414-49802007000300003

Resumo

Este artigo reflexiona acerca de problemas da pesquisa social no Serviço Social. Discute a postura ingênua que leva a supor que a intervenção profissional é imediata na 'realidade dos problemas'; e a que antepõe uma teoria como portadora do conhecimento verdadeiro 'sobre a realidade', como se esta precedesse a todo conhecimento. Define a pesquisa como a prática social que tem como razão de ser a produção de conhecimentos, ao tempo que se inscreve nos processos político-culturais de produção de problemas sociais, e os alimenta. Por isso, para o Serviço Social, a pesquisa não é equiparável ao diagnóstico social, e sim deveria ser um processo contínuo que acompanhe o desenvolvimento de qualquer projeto social e prática profissional. Isto exige disposição para aprender o ofício (ou seja, domínio teórico, manejo metodológico-técnico e atitude de dúvida) e para prevenir-se dos riscos da naturalização dos problemas, para os quais é requerida a sua intervenção, que podem provir tanto do realismo ingênuo quanto do teoricismo.

Biografia do Autor

Estela Grassi, UBA - Buenos Aires - Agentina

Doutora em Antropologia Social. Licenciada em Trabalho Social e em Antropologia. Professora Titular Regular e Investigadora da Faculdade de Ciências Sociais de Buenos Aires.

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Publicado

2007-05-05