Autobiografia e representação de si mesmo na narrativa e na crônica de António Lobo Antunes
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7917.2013v18n1p54Resumo
O presente artigo centra-se na leitura analítica de algumas crônicas publicadas no Primeiro Livro de Crónicas (1998) e do romance Sôbolos rios que vão (2010), de António Lobo Antunes. Este estudo aponta como o tempo, a memória, a infância e as suas respectivas manifestações, como os aspectos aparentemente autobiográficos, estão ligados à tessitura de algumas crônicas e do romance. Com efeito, é possível ver como a ficção configura possibilidades ficcionais e biográficas. Os elementos estruturais da narrativa do escritor português António Lobo Antunes tornam-se peças de um quebra-cabeça manipulado pelo autor. No Primeiro Livro de Crónicas e no romance, António Lobo Antunes revisita o passado, não à maneira “romântica”, mas a partir de um processo crítico e de auto-reflexão. Sendo assim, tentaremos encontrar sentido nas marcas intertextuais, nos deslizamentos da voz do autor, no contato entre o discurso autobiográfico e o literário. A análise fundamenta-se na teoria da literatura, com apoio dos estudos de Philippe Lejeune.
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