De Desdêmona a Capitu: Machado de Assis lê Shakespeare
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7917.2017v22n1p16Resumo
Investigar a produção crítica machadiana, a partir da segunda metade do século XIX, como uma tentativa de definição teórica da crítica literária no Brasil é o que se pretende com este artigo. Trata-se de uma pesquisa sobre as condições de possibilidade da prática crítica, passando pela noção de valor (estratégia significante), pela questão do cânone e pelos processos de hibridação, modus operandi por excelência do discurso crítico machadiano. Nesse sentido, pretende-se refletir sobre a recepção do teatro shakespeariano nos ensaios críticos de Machado de Assis enquanto estratégia discursiva para a análise de O Primo Basílio, de Eça de Queirós (studium). E, como desdobramento lógico, cumpre discorrer sobre o trabalho da citação de Otelo, de Shakespeare, não só como “fonte” para o enredo de Dom Casmurro (1899), considerado “o mais subtil e genial romance de língua portuguesa” (LOURENÇO, 2015, p. 143), mas também para a gestação de Capitu, a personagem de ficção mais oblíqua e enigmática da textualidade machadiana (punctum).
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