@article{Sena_Lima_2023, title={Os corpos de Ângela Pralini e Macabéa: lugares de um registro melancólico}, volume={28}, url={https://periodicos.ufsc.br/index.php/literatura/article/view/89611}, DOI={10.5007/2175-7917.2023.e89611}, abstractNote={<p>O corpo é estudado há muito tempo por todos aqueles que se interessam pelas angústias humanas, tanto em termos físicos quanto em ideias psicológicas. O corpo das personagens clariceanas, a saber Ângela Pralini e Macabéa, será o objeto de estudo deste artigo, fruto de uma pesquisa de doutoramento. O feixe discursivo (isto é, uma grande quantidade de palavras) das obras <em>Um sopro de vida </em>e <em>A hora da estrela</em> mostra dois seres fictícios desnorteados, desfuncionalizados, a-padrão social e literário. Macabéa estava quase sempre fungando, limpando o seu desespero com a bainha de sua combinação. Seu corpo raquítico e frágil revela uma linguagem fraca, alienada, de parcas palavras. O não dito também se faz presente em <em>A hora da estrela </em>à medida que os episódios persistem insinuados. A ausência de vocábulos no corpo de Macabéa levará a uma escrita melancólica em sua vida, uma vida de descompasso, de libido extraviada. O corpo de Ângela padece de perecimento. A solidão dela é grande, pois não é uma solidão qualquer: é a solidão de Deus. Seu corpo é paradoxal, explodindo para o nada. É um corpo com autoestima perturbada, pois ora quer cuidar da vida, ora demonstra o desamparo incurável do melancólico. Para esta análise, são fundamentais os estudos de Lambotte (1997, 2000), Freud (1980), Delouya (2000), entre outros.</p>}, journal={Anuário de Literatura}, author={Sena, Adriana Vieira de and Lima, Samuel Anderson de Oliveira}, year={2023}, month={fev.}, pages={01–20} }