TY - JOUR AU - Furlan, Stélio PY - 2017/08/22 Y2 - 2024/03/28 TI - De Desdêmona a Capitu: Machado de Assis lê Shakespeare JF - Anuário de Literatura JA - Anu. Lit. VL - 22 IS - 1 SE - Cervantes & Shakespeare: 400 anos, e outros diálogos DO - 10.5007/2175-7917.2017v22n1p16 UR - https://periodicos.ufsc.br/index.php/literatura/article/view/2175-7917.2017v22n1p16 SP - 16-30 AB - <p><span>Investigar a produção crítica machadiana, a partir da segunda metade do século XIX, como uma tentativa de definição teórica da crítica literária no Brasil é o que se pretende com este artigo. Trata-se de uma pesquisa sobre as condições de possibilidade da prática crítica, passando pela noção de valor (estratégia significante), pela questão do cânone e pelos processos de hibridação, <em>modus operandi</em> por excelência do discurso crítico machadiano. Nesse sentido, pretende-se refletir sobre a recepção do teatro shakespeariano nos ensaios críticos de Machado de Assis enquanto estratégia discursiva para a análise de <em>O Primo Basílio</em>, de Eça de Queirós</span><span> </span><span>(<em>studium</em>). E, como desdobramento lógico, cumpre discorrer sobre o trabalho da citação de<em> Otelo</em>, de Shakespeare, não só como “fonte” para o enredo de <em>Dom Casmurro </em>(1899), considerado “o mais subtil e genial romance de língua portuguesa” (LOURENÇO, 2015, p. 143),<em> </em>mas também para a gestação de Capitu, a personagem de ficção mais oblíqua e enigmática da textualidade machadiana (<em>punctum</em>).</span></p> ER -