TY - JOUR AU - Sant'Ana, Renata Cristina PY - 2021/06/25 Y2 - 2024/03/29 TI - Maternidade e velhice no romance Quarenta dias de Maria Valéria Rezende JF - Anuário de Literatura JA - Anu. Lit. VL - 26 IS - SE - Representações da velhice na literatura e outras artes DO - 10.5007/2175-7917.2021.e77991 UR - https://periodicos.ufsc.br/index.php/literatura/article/view/77991 SP - 01-15 AB - <p>O corpo feminino em fase de envelhecimento é duplamente alvo das formas de controle, uma vez que tanto os corpos femininos quanto os corpos velhos encontram-se situados no interior de uma rede de poderes que lhes impõe limitações, proibições e/ou obrigações. Trata-se de corpos constantemente submetidos a uma forma de poder, à qual Bourdieu (2012) atribui a noção de violência simbólica, exercida pelas estruturas de dominação, que acabam por orientar as práticas sociais. Assim, a partir das considerações em torno da dualidade público/privado (BIROLI, 2014a, 2014b, 2015), este artigo busca analisar a condição feminina na velhice, as relações familiares e a temática da maternidade representadas no romance <em>Quarenta Dias</em>, de Maria Valéria Rezende (2014), a fim de demonstrar como a atuação da violência simbólica sobre o corpo feminino em fase de envelhecimento é naturalizada e sistematicamente reproduzida. Através deste estudo, procurei apresentar o modo como o romance possibilita repensarmos a velhice feminina para além dos estereótipos e preconceitos existentes, na medida em que rompe com estruturas socioculturais e discursivas dominantes, fazendo ecoar um tipo de voz contracultural, capaz de produzir novos valores e novas formas de pensar o feminino e a velhice.</p> ER -