Anuário de Literatura
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<p>Anuário de Literatura tem como missão difundir o conhecimento novo e inovador na área de Literatura, Teoria e Crítica Literária. Está direcionada para pesquisadores e profissionais de literatura.</p> <p>Periodicidade Publicação contínua (a partir de 2021)</p> <p><img src="https://periodicos.ufsc.br/public/site/images/anuario_literatura/download.1jpg_.jpg" alt="" /> Curta nossa <a href="http://www.facebook.com/anuariodeliteratura" target="_blank" rel="noopener">Fanpage</a></p>Universidade Federal de Santa Catarinapt-BRAnuário de Literatura1414-5235<p>Esta revista proporciona acesso público a todo seu conteúdo, seguindo o princípio de que tornar gratuito o acesso a pesquisas gera um maior intercâmbio global de conhecimento. Tal acesso está associado a um crescimento da leitura e citação do trabalho de um autor. Para maiores informações sobre esta abordagem, visite <strong>Public Knowledge Project</strong>, projeto que desenvolveu este sistema para melhorar a qualidade acadêmica e pública da pesquisa, distribuindo o OJS assim como outros software de apoio ao sistema de publicação de acesso público a fontes acadêmicas. Os nomes e endereços de e-mail neste site serão usados exclusivamente para os propósitos da revista, não estando disponíveis para outros fins. <a href="http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/" rel="license"><img style="border-width: 0;" src="https://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png" alt="Licença Creative Commons" /></a><br />Este trabalho está licenciado com uma Licença <a href="http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/" rel="license">Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional</a>.</p>A literatura de viagem de Pablo Pérez
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<p>Esta entrevista visa dialogar com o escritor argentino Pablo Pérez. A publicação do livro <em>Querido Nicolás</em> despertou ainda mais o interesse em conversar com o escritor, visto que se trata de uma obra pautada também na temática <em>gay/queer</em>. Esta é uma leitura de interesse aos estudos de gênero e teoria <em>queer</em> e, principalmente, ao nosso grupo de pesquisa. Dessa forma, propusemos um debate do romance com o escritor, que aceitou prontamente.</p>Nícollas Cayann Teixeira DutraJuliana Prestes de OliveiraAmanda Lais Jacobsen de Oliveria
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2024-01-262024-01-2629010710.5007/2175-7917.2024.e92601As elites brasileiras nos romances de Michel Laub, Andréa Del Fuego e Clara Drummond: uma revanche contra o bolsonarismo
https://periodicos.ufsc.br/index.php/literatura/article/view/95476
<p>Este artigo estuda a reação de alguns escritores brasileiros ao processo de deterioração política desencadeado pelo bolsonarismo. Partindo da ideia de que houve uma cismogênese na política brasileira em decorrência dos comportamentos antiestruturais dos apoiados do ex-presidente Jair Bolsonaro, busca-se aqui evidenciar o modo pelo qual os escritores Michel Laub, Andréa Del Fuego e Clara Drummond se posicionaram contra a perseguição bolsonarista à classe artística, criando obras em que as elites brasileiras, identificadas socialmente com o viés político neoliberal e conservador do ex-presidente, são representadas de forma caricatural. No final, o artigo conclui que esses escritores produziram personagens caricaturais a fim de fazer prevalecer sua posição política antibolsonarista, sustentada especialmente pela crítica às elites e determinada pelo contexto da rivalidade política disseminada nos anos do governo Bolsonaro.</p>Antonio Barros de Brito Junior
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2024-01-262024-01-2629012210.5007/2175-7917.2024.e95476Duas ou uma história de borboletas?: inquietações no conto de Caio Fernando Abreu
https://periodicos.ufsc.br/index.php/literatura/article/view/92736
<p>Sob a perspectiva da narrativa contemporânea e do espaço de liberdade compreensiva entre leitor e texto, objetivamos apresentar outra leitura do conto “Uma História de Borboletas”, de Caio Fernando Abreu (2001). Para realizá-la de modo verticalizado e consistente, fundamentamos nossos constructos em aportes teóricos de Monique Plaza (1990) e de Wolfgang Iser (1979). A justificativa é dada pela necessidade de valorização das obras da literatura brasileira, mas também pela complexidade estética e composicional de contos de Caio Fernando Abreu. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica explicativa, cujas fontes são primárias e secundárias. Além disso, ampliamos o corpus com o curta-metragem, <em>História de borboletas</em> (2012), de Marcos Brandão, para fortalecer a discussão. Dentre os resultados e conclusões obtidos, tomando como base a literatura contemporânea como arte eclética bem como a compreensão da fusão entre narrador e personagem, entendemos que o referido conto não relata a história de dois personagens, mas insinua a de apenas um, desencadeando na existência de um Duplo.</p>Gleid Ângela dos Anjos CostaDayse Rodrigues dos Santos
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2024-01-262024-01-2629011610.5007/2175-7917.2024.e92736O leitor coautor em "Augusta" e "Um conto límpido e obscuro", de Sérgio Sant’Anna
https://periodicos.ufsc.br/index.php/literatura/article/view/92534
<p>Apresenta-se uma leitura dos contos “Augusta” e “Um conto límpido e obscuro”, do livro <em>Anjo noturno </em>(2017), a partir da função de coautoria assumida pelo leitor na escrita metaficcional. O objetivo é compreender que o leitor, quando provocado, contribui para o abandono da ideia de que o texto é único, uma vez que este exige um posicionamento dele em relação a sua participação ativa na elaboração de sentido da narrativa. Marcada por inovações visíveis, tanto nas experimentações formais quanto nas temáticas, as obras de caráter metaficcional causam no leitor um estranhamento, abalando suas expectativas e solicitando-lhe comportamentos interpretativos de natureza crítica, mais do que um consumo meramente ingênuo e passivo dos textos. É visível, na narrativa de cunho metaficcional, que o leitor tire suas próprias conclusões. Nos contos, Sérgio Sant’Anna aponta elementos que exigem a contrapartida do leitor como coautor e, ao mesmo tempo, crítico da/na construção dos sentidos do enredo. Para tanto, o estudo bibliográfico vale-se das reflexões de Hans Robert Jauss (1979) e Wolfgang Iser (1996), para a análise, apresenta-se as autoras Linda Hutcheon (1984) e Patrícia Waugh (1985) como principais embasamentos teóricos.</p>Karla Nunes de SouzaJosé Elias Pinheiro Neto
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2024-01-262024-01-2629011310.5007/2175-7917.2024.e92534O lugar sobrenatural do narrador em Memorial do convento, de José Saramago
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<p>O ato de narrar é uma prática social muito antiga, presente em incontáveis sociedades. Das origens da narrativa oral ao surgimento do gênero romance, chegando ainda às narrativas em sistemas semióticos para além do sistema linguístico, vê-se que o ato de narrar tem sofrido mutações e se diversificado. A mutação da narrativa alterou também a figura do narrador, e instaurou a figura do autor com o advento do romance literário. Alguns narradores de romances modernos e contemporâneos se apresentam como verdadeiros desafios para os estudos tradicionais da narratologia, que visam a categorizações e tipologias estanques. Diante disso, o objetivo deste ensaio é descrever algumas peculiaridades da figura do narrador em <em>Memorial do Convento</em> (1982), de José Saramago, reforçando a dificuldade que uma nomenclatura tem em delimitar o narrador saramaguiano. A hipótese levantada é a de que o narrador de <em>Memorial do Convento</em> é um tipo de narrador personagem onisciente, não envolvido na trama narrativa, mas testemunha ocular dela. A onisciência frequentemente demonstrada pelo narrador, e as marcas textuais que o colocam dentro do universo narrado, dão a esse narrador alguma verve sobrenatural. As reflexões aqui propostas apontam como a variedade de recursos linguísticos usados pelo narrador avigoram seu caráter sobrenatural.</p>Lucas Piter Alves-Costa
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