Gym Brasil - festival nacional de ginástica para todos

Autores

  • Michele Viviene Carbinatto Escola de Educação Física e Esportes Universidade de São Paulo
  • Daniela Bento Soares Faculdade de Educação Física Universidade Estadual de Campinas
  • Marco Antonio Coelho Bortoleto Faculdade de Educação Física Universidade Estadual de Campinas

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-8042.2016v28n49p128

Resumo

Os festivais ginásticos representam eventos consolidados em muitos países, sobretudo na Europa, promovendo o congraçamento da sociedade por meio de apresentações coreográficas de ginástica. No Brasil, há indícios da oficialização do festival nacional Gym Brasil na década de 1980 embora outros festivais regionais remontem o inicio do século XX. Neste artigo, discutimos as características gerais do evento por meio de uma análise documental, bem como das tendências coreográficas por meio de uma análise dos vídeos da última edição do evento. Observamos que a maior parte dos participantes é do sexo feminino, adolescentes e jovens advindos da região sudeste. As coreografias utilizaram de materiais construídos e/ou adaptados (não oficiais) de pequeno porte com influência da música popular, principalmente samba e axé, com significativa ênfase nos fundamentos técnicos das modalidades gímnicas de competição. Entre os desafios que enfrenta o festival destacam-se: a necessidade de mudanças nas estratégicas de difusão adotadas pela Confederação Brasileira de Ginástica; de oferecer formação continuada durante o evento; de ampliar o número de participantes, especialmente de grupos de outras regiões do país. Todas elas visando maior representação geográfica e diversidade cultural.

Biografia do Autor

Michele Viviene Carbinatto, Escola de Educação Física e Esportes Universidade de São Paulo

Doutora em Educação Física - EEFE/USPEEFE/USPSão Paulo, SP, BrasilEndereço eletrônico: mcarbinatto@usp.brEndereço postal: Av. Prof. Mello Moraes, 65 - Cidade Universitária, CEP: 05508-030 - São Paulo - SPTelefone de Contato: (11) 2648-0568

Daniela Bento Soares, Faculdade de Educação Física Universidade Estadual de Campinas

Doutoranda em Educação Física - FEF/UNICAMPFEF/UNICAMPCampinas, SP, BrasilEndereço eletrônico: danibsoares@hotmail.com

Marco Antonio Coelho Bortoleto, Faculdade de Educação Física Universidade Estadual de Campinas

Doutor em Educação Física - UDL/EspanhaFEF/UNICAMPCampinas, SP, BrasilEndereço eletrônico: bortoleto@fef.unicamp.br

Referências

AYOUB, E. Ginástica geral e educação física escolar. Campinas: Ed. Unicamp, 2007.

BORTOLETO, M. A. C., RODRIGUES, R. G. S. A., CLEMENTE, M. . A influência da mídia impressa sobre a prática da ginástica artística na cidade de Campinas. SP. Lecturas Educación Física y Deportes, v. 16, p. 1-10, 2011.

BORTOLETO, M.A.C. Uma reflexão sobre o conceito de técnica na Ginástica Geral. In: Paoliello, E (Org). Ginástica Geral: experiências e reflexões. São Paulo: Phorte, 2008, p. 17-28.

CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE GINÁSTICA (CBG). Regulamento Geral da Confederação Brasileira de Ginástica (2014). Disponível em: (http://www.cbginastica.com.br/regulamentogeral). Acesso: 15 dezembro 2014.

CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE GINÁSTICA (CBG). Regulamento Técnico 2013. Ginástica para Todos. Festival Gym Brasil (2013). Disponível em: (http://www.cbginastica.com.br/ginastica-para-todos ). Acesso: 15 janeiro 2014.

CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE GINÁSTICA (CBG). Regulamento Técnico da Ginastrada Mundial (2015a). Disponível em: (http://www.cbginastica.com.br/ginastica-para-todos). Acesso: 07 junho 2015.

CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE GINÁSTICA (CBG). Regulamento Técnico Individual- Ginástica Rítmica (2015b). Disponível em: (http://www.cbginastica.com.br/ginastica-ritmica). Acesso: 15 julho 2015.

EICHBERG, H.. The conflicting models of ways to express one’s identity. In ILMANEN, K. (Ed.). Games and fields. Liikunnan; s/e, p. 9-30, 2004.

FIGUEIREDO, F., FIGUEIREDO, A., TELES, P., RAMOS, A. Estatística Descritiva e Probabilidades. Lisboa: Escolar Editora, 2007.

GERLING, I. The elements of choreography. ECC-booklet, UEG. Sem data.

GHIRALDELLI JUNIOR, P. Educação Física Progressista. Brasília: Loyola, 1988.

GULA, D. Dance choreography for competitive gymnastics. Champaign: Leisure, 1990.

HALILA, A. Men’s gymnastics and sport clubs in Finland before the year 1915. Helsinki: Forssan Kirjapaino Oy, 1959.

HOUAISS, A. Novo Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2014.

KNIJNIK, J.D. Gênero, um debate que não quer calar. In: KNIJNIK, J (Org). Gênero e Esporte: masculinidades e feminilidades. Rio de Janeiro: Apicuri, 2010.

LACERDA, D. J., BORTOLETO, M. A. C., PAOLIELLO, E. Grupo Ginástico Unicamp: 22 anos de ginástica geral. Conexões, v. 10, p. 192-208. 2012.

LANGLADE, A., LANGLADE, N. R. de. Teoria general de la gimnasia. Buenos Aires; Stadium, 1970.

LIMA, H.C., MASTRODI, F.B., SILVA JUNIOR, R., PIERIN, S. Festival Gym Brasil: Trabalhando por meio de percerias. In, BORTOLETO, MAC [et al]. Anais..., Campinas: UNICAMP, 2014, p. 307-310.

LJUNGGREN, J. Corporal upbringing of men by Ling gymnastic 1790-1914. Stockholm: Brutus Östlings Bokförlag Symposion, 1999.

MARCONI, M. de A, LAKATOS, E. M. Fundamentos de Metodologia Científica. São Paulo: Atlas, 2005.

MAZO, J., GAYA, A. As associações desportivas de Porto Alegre, Brasil: espaço de representação da identidade cultural teuto brasileira. Revista Portuguesa de Ciências do Desporto, v. 6, n. 2, p. 205-213, 2006.

MAZO, J.Z., LYRA, V.B. Nos rastros da memória de um “Mestre de Ginástica”. Motriz, v. 16, n. 4, p. 967-976, 2010.

MECHBACH, J., WANEBERG, P.L. The World Gymnaestrada – a Non-competitive event. The concept “Gymnastics for All” from the perspective of Ling Gymnastics. Scandinavian Sport Studies Forum, v. 2, p. 99-118. 2011.

OLIVEIRA, M.S. O panorama da ginástica artística masculina brasileira: um estudo histórico-crítico do período 2005-2008. Dissertação (Mestrado). Faculdade de Educação Física. Unicamp, Campinas, 2010.

PAOLIELLO, E., BORTOLETO, M. A. C., SCHIAVON, L. M., FIORIN-FUGLSANG, C. M., GRANER, L. P. O Perfil da Delegação Brasileira na World Gymnaestrada de Lausanne/Suiça, 2011. Conexões, v.10, p. 209-222, 2012.

PATRÍCIO, T. L., BORTOLETO, M. A. C. Festivais Ginásticos: princípios formativos na visão de especialistas. Conexões, v.13, p. 98-114, 2015.

PFISTER, J. Cultural confrontations: German Turnen, swedish gymnastics and english sport – European diversity in physical activities from a historical perspective. Culture, Sport, Society, v. 6, n. 1, p. 61-91, 2003.

PÚBLIO, N.S. Evolução histórica da ginástica olímpica. Guarulhos: Phorte, 1998.

REZENDE, C.R.A de. A capacitação na Ginástica Geral. In: Coletânea textos e sínteses do I e II do Encontro de Ginástica Geral. Campinas: Unicamp, 1996a, p.37-38.

REZENDE, C.R.A de. Ginástica Geral no Brasil: Uma análise histórica. In: Coletânea textos e sínteses do I e II do Encontro de Ginástica Geral. Campinas: UNICAMP,1996b, p.51-51.

SANTOS, J. C. E. Ginástica geral: elaboração de coreografias, organização de festivais. Jundiaí: Fontoura, 2001.

SANTOS, J. C. E.; SANTOS, N. G. M. dos. História da ginástica geral no Brasil. Jundiaí: Fontoura,1999.

SCHÖN, D.A. Educando o Profissional Reflexivo: um novo design para o ensino e a aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2000.

SCHÖN, D.A. Formar professores como profissionais reflexivos. In: NÓVOA, A. (Org.). Os professores e sua formação. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1995.

SILVA, H. Entre o Amor ao Brasil e ao Modo de Ser Alemão: a História de uma Liderança Étnica (1868-1950). São Leopoldo: Oikos, 2006.

SOARES, C. Educação Física: raízes européias e Brasil. Campinas: Autores Associados, 1994.

SOARES, D.B., BORTOLETO, M.A.C., AYOUB, E., PAOLIELLO, E., CARBINATTO, M.V. Festival Nacional de Ginástica do Japão: Panorama Geral e Tipologia das Composições Coreográficas. Conexões. V. 13 (n. especial), p. 127-143, 2015.

SOUZA, E.. Ginástica Geral: Uma Área do Conhecimento da Educação Física. Tese (Doutorado). Faculdade de Educação Física. Unicamp, Campinas, 1997.

STADNIK, A.M.W., OLIVEIRA, N.R.C. de. A viagem de estudos na formação continuada de professores: contribuições para o desenvolvimento da ginástica geral. In, TOLEDO, E., VENÂNCIO, S., AYOUB, E. Anais...Campinas: UNNICAMP, 2007, p.118-122.

TANNER, L. Gymnastics and sports. Porvoo: Kotilieden, 1927.

TIBEAU, C. Diferentes olhares sobre a ginástica geral. Encontro Nacional de Ginástica Geral, 1999, p. 22-13.

TOLEDO, E. O papel da universidade no desenvolvimento da ginástica geral no Brasil. In: TOLEDO, E. et al. Anais...Campinas: UNICAMP, 2005, p. 195-198.

TOLEDO, E. Ginástica de Grande Área: Algumas abordagens e reflexões de sua manifestação no Brasil. Anais... Campinas: UNICAMP, 2007, 38-43.

WICHMANN, A. Sports Tourism Participation at the World Gymnaestrada: An Expression and Experience of Community and Identity. University of Brighton: School of Sport and Service Management, 2014.

WILSKMAN, I. Gymnastics culture in Scandinavia. Helsinki: Suomalaisen Kirjallisuuden, 1909.

ZEHRER, A; HALLMANN, K; BREUER, C. Volunteering at sports events- an empirical study of volunteers at the internacional german gymnastics festival 2013. In: CHIEN, P.M. CAUTHE 2014: Tourism and hospitality in the contemporary world: trends, changes and complexity. Brisbane: University of Queesland, 2015, s/p.

Downloads

Publicado

2016-11-28

Como Citar

Carbinatto, M. V., Soares, D. B., & Bortoleto, M. A. C. (2016). Gym Brasil - festival nacional de ginástica para todos. Motrivivência, 28(49), 128–145. https://doi.org/10.5007/2175-8042.2016v28n49p128

Edição

Seção

Artigos Originais

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)