@article{Paião_2022, place={Florianópolis}, title={Rumos da liberdade: geografia insurgente e trabalho marítimo na Amazônia pós-Cabanagem (1840-c.1870)}, volume={14}, url={https://periodicos.ufsc.br/index.php/mundosdotrabalho/article/view/86598}, DOI={10.5007/1984-9222.2022.e86598}, abstractNote={<p>A partir do conceito de “geografia insurgente”, discuto como o trabalho marítimo foi moldado por trabalhadores de diferentes realidades étnicorraciais, durante a reorganização dos mundos do trabalho na Amazônia, especialmente nas províncias do Pará e Amazonas, nos anos seguintes ao término da Cabanagem (1835-1840). Os tripulantes desse período conseguiram inverter lugares de subalternidade a que estavam destinados, valendo-se da apropriação de terras, barcos e águas para o trânsito humano, ideias e aspirações de liberdade. Veremos como o trabalho marítimo propiciou uma dinâmica de deslocamentos que servisse a projetos de autonomia de vida, de tripulações que misturavam indígenas, negros e mestiços, independentemente de sua condição jurídica. O recorte temporal diz respeito ao período posterior à rebelião até meados dos anos 1870, quando levas de migrantes alteraram a composição da marinhagem fluvial. O conjunto de fontes são relatos de viajantes do norte-atlântico, que informam as relações de trabalho dentro dos navios. Ali o recrutamento forçado se conjugava a pagamentos diários, além de negociação de equipes sazonais compostas por uma heterogeneidade de sujeitos. Por fim, conclui-se que as rotas de liberdade experimentadas no mundo marítimo não se restringem ao litoral do Brasil. O que nos leva a observar tais agências no interior do território, sem negligenciar a extensão dessas lutas em seus cenários aquáticos.</p>}, journal={Revista Mundos do Trabalho}, author={Paião, Caio Giulliano}, year={2022}, month={jul.}, pages={1–19} }